Corra para dentro das muralhas, ou melhor, para as bancas
Aproveitando-se da moda de Shingeki no Kyojin, a Editora Panini lança sua versão nacional que se esgota nas bancas em questão de dias devido a poucos exemplares distribuídos e a sua alta procura.
Publicado originalmente em 2010 pela Kondansha na revista Bessatsu Shōnen Magazinem, Ataque dos Titãs - como ficou conhecido por aqui - desembarcou em novembro passado em nossas bancas seguindo a onda da sua versão animada. Para ler o post sobre o anime, clique em Shingeki no Kyojin: o anime de 2013
Sua premissa inicial é igualzinha a do anime, salvo algumas exceções na velocidade que as coisas acontecem, tendo o mangá um ritmo rápido e frenético demais, por exemplo seu primeiro volume compreende à 5 episódios do anime. É nessas horas que vemos onde a obra ganha quando é adaptada e onde ela peca, sendo que SnK só teve a ganhar.
Onde mais tivemos "a ganhar" com a animação se deve em relação a arte. Muitos devem ter tomado um susto caso não tenham antes esbarrado com imagens do mesmo no google. Sendo os titãs desproporcionais iguais aos do animes, a arte de Hajime Isayama deixa muito a desejar com relação aos outros personagens. E ainda há alguns que reclamam da arte de Masami Kurumada.
O diferencial aqui fica por conta das "informações disponíveis ao público", que visa explicar todo o contexto da obra, bem como informações à cerca o funcionamento do mecanismo do equipamento para manobras tridimensionais (eita nome grande). Essas informações, aliás, estiveram presentes no anime também, só que apresentado de outra forma: entre a primeira e a segunda parte, no que eu vejo como as chamadas para o comercial, ficando impossível descobrir os detalhes devido a linguagem não estar traduzida.
Apostando alto na aposta de 2013, a Editora Panini mostra que seu grande trunfo é justamente esse: pegar carona nos sucessos. Não pense que isso é recente. É uma estratégia que a editora utiliza à muito tempo. Afinal, tem como não ser um sucesso lançar um produto que todos estão comentando?
O mimimi que gerou à cerca do lançamento do mangá aqui foi justamente sua tradução. Como era de se esperar, uma parcela de "otacos" reclamaram na web (redes sociais, comentários em blogs e afins) sobre a confirmação da editora em traduzir o título do anime, inicialmente nos apresentados como Attack on Titan.
Eu pessoalmente não vejo problema nenhum sobre essa decisão. Afinal, não sou nenhuma especialista na língua japonesa para reclamar do nome original, que curiosamente, veio logo abaixo do título em português. Na verdade, é até bom. Eu penso nos jornaleiros que não tem tempo/vontade/interesse em acompanhar aos animes da temporada para saber seus nomes em japoneses, que na maioria dos casos são difíceis de se pronunciar. Então, eles mataram dois coelhos numa cajada só. Simples.
E para nossa alegria, a Panini distribuiu junto com o mangá um marcador de páginas exclusivo com a imagem da capa, no que eu vejo como uma alfinetada em outra editora que vem fazendo isso por aí, só que distribuindo exclusivamente para os assinantes. Sim, eu estou citado a Editora JBC. Ou, vendo pelo outro lado, copiando a ideia da JBC.
O mangá na verdade é mais um que a Panini lança estando ainda em publicação no Japão. Lá, não lembro onde eu li, a série tem previsão de ter ao todo 20 volumes, tendo lançado 12 volumes compilados no momento. Se você não conseguiu adquirir seu exemplar ano passado, recomendo fazê-lo via internet ou em lojas especializadas.
Este é mais um mangá que encontra-se no status "se sobrar dinheiro".
Eu queria ver era mais shoujo sendo publicados no Brasil. Me sinto desfavorecida! #ProntoFizMiMiMi
ResponderExcluirComo sempre você trabalha muito bem Natália, gosto de te ler, mesmo quando o assunto não é algo de meu interesse direto. Acho que vou mesmo com sua cara :D
Cheros, Jaci.
P.S.: Boa Semana para você!