Primeira impressão: Jogo do Rei (Ousama Game)

Carteiras preparadas?

~ E a Editora JBC mostra que definitivamente sua missão é nos deixar pobres, e se não conseguir pelo menos está tentando. 

Diferente - ou nem tanto para os dias de hoje -, Jogo do Rei ou Ousama Game no seu original, começou como um romance escrito para celulares. A história é escrita no celular para posteriormente ser publicado em sites especializados, onde a pessoa utiliza o celular para ler. Meio óbvio não?

Dando tchau ao mangá Senhor dos Espinhos, que para mim não deixará nenhuma saudade, a JBC tinha que achar alguém para substituí-lo, e esse mangá já mostrou que vale seu investimento. Será? Vamos conferir.

O mangá gira em torno de uma brincadeira bastante semelhante ao nosso Mestre Mandou, chamado Jogo do Rei. Os participantes devem seguir as ordens de um participante previamente escolhido ou sorteado como "Rei". As ordens podem ser qualquer coisa, mas geralmente são ações simples, com um possível tom cômico. 

Tudo muda quando o "Rei" desta partida começa a exigir ações bastante exageradas e prometer punições severas ao que se negarem a cumpri-las. Todo o contato entre o rei e os participantes acontecem por mensagens de texto via celular, o que mantém o anonimato daquele por detrás deste jogo cruel e proporciona um clima de tensão e mistério.

Com o lançamento desse mangá, a editora mantém sua linha de títulos de suspense ativa. Esta que teve início em 2013 com o lançamento de Another numa ideia maluca para provar que mangás não são tudo igual, exceto na ordem da leitura.

A premissa inicial do mangá é ótima e estima nós leitores a quererem ler mais e mais. O que me deixou com o nariz torcido foi sua arte... que não decepciona, muito pelo contrário, ela é boa... demais, se o responsável pela arte, Hitori Renda não tivesse bebido muito da fonte do que eu especulo ser uma inspiração em Takeshi Obata, responsável pela arte de Death Note e Bakuman. Frisando que isso não atrapalha em nada.

Assim como acontece em Bakuman e Death Note, a arte e o roteiro são autoria de pessoas diferentes, enquanto Hitori Renda é a mão por detrás do Jogo do Rei, sua história fica a cargo de Nobuaki Nakazawa.
Infelizmente, não consegui mais informações a respeito dos dois e o que eu disso acima somente giram em torno de especulação própria.

Fora isso, que não é nenhum ponto negativo, a arte é limpa, o mangá possui uma iniciativa cativante já com aquele mistério para saber quem é o tal rei e o por que dele estar dando ordens sem noção e algumas muito profundas e punições exageradas, como por exemplo a morte dos participantes.

Ultimamente a JBC vem lançando novidades - muitas desconhecidas do grande público - relativamente curtas. Genshiken, Senhor dos Espinhos são exemplos disso e para confirmar tal teoria Jogo do Rei chegou nas bancas em dezembro com uma média de 200 páginas por edição, no papel brite 52g e pelo custo de R$11,90, totalizando 5 edições com periodicidade mensal. Ou seja, antes do segundo semestre é bem provável que a editora nos surpreenda (ou não) com outro titulo de suspense.

O mangá, como produto não possui nada de excepcional, sendo apenas mais um do estilo-padrão da editora. Além do mais, se tivesse alguma coisa de excepcional, sei que seu preço não seria o singelo R$11,90.

No momento a série encontra-se no status se sobrar dinheiro, devido ao total de mangás que já adquiro mensalmente. Caso você tenha um espaço sobrando na carteira, quem sabe a história não valha a pena?