quarta-feira, 10 de julho de 2013

Quem é o outro?

Dando início à meta de lançar um mangá por mês, a Editora JBC (a mais badalada do momento) não está para brincadeira e vem cumprindo com afinco essa meta.

Logo no início do ano, tivemos o lançamento de vários mangás. Entre eles, tivemos o lançamento do mangá Another, que ficou bastante conhecido ano passado pela "morte do guarda-chuva". O Naty in Wonderland, seguindo seus posts, fez uma Primeira Impressão que pode ser conferido aqui.


Finalizado com quatro volumes, o mangá traz um história instigante e surpreendente, além de uma boa pitada de suspense ao bom estilo japonês.



"Tudo começa com uma historia contada pelos alunos do Colégio Yomita: há 26 anos, havia um aluno chamado Misaki que, desde o primeiro ano, era uma pessoa querida por todos ao seu redor, bom aluno e ótimo atleta. Mas no terceiro ano ele caiu na turma 3-3 e perdeu a vida em um acidente.

Os colegas de Misaki, sem saberem como lidar com a morte repentina do amigo, decidiram “fingir que Misaki estava vivo”. Porém, no dia da formatura… na hora que a foto da turma 3-3 reunida foi revelada, Misaki estava presente. Foi aí que tudo começou.

Agora, o recém transferido Koichi, terá que descobrir quem é a misteriosa aluna de tapa-olho e o que se esconde por trás dessa história toda em uma trama envolvente e com grandes reviravoltas."


Realmente, a história possui grandes reviravoltas (não tanto quanto Diário do Futuro está mostrando) ligadas a maldição da turma 3-3, de 26 anos atrás.

Mei Misaki é a misteriosa personagem que está por detrás das quatros capas que compõem o mangá de Another e também a personagem que parece ter inspirado várias outras a utilizarem tapa-olho. Na história, ela é a menina que não existe. Contudo, isso não significa necessariamente que ela esteja morta - como da a entender no mangá -.

Mei faz o papel de boneca da história. Aquela personagem que parece não ter sentimentos e que anda por vontade própria. O tapa-olho que ela usa só ajuda mais a entender que ela é realmente uma boneca. Fria e que mesmo estando participando dos atos, consegue ser uma mera expectadora. Afinal, até certo ponto da história ela faz o papel do aluno que não existe.

No começo da leitura, cheguei a imaginar que ela fosse o Misaki que deu origem à maldição da turma 3-3, dado a sua misteriosa presença e a seu sobrenome.

O protagonista, que se vê no meio de tudo é Koichi Sakakibara. Por ser novo na cidade, ele se vê perdido no que diz respeito a seguir as decisões da turma à risca, como por exemplo, não falar com quem não existe. Até certo ponto, ele pode ser visto como vítima de todo mistério que envolve a turma 3-3.

Além dessas duas personagens, o mangá conta com outros que estão, de maneira direta ou indiretamente, ligados com a tal maldição. Ela atinge até parentes de 1º grau, não se restringindo somente aos alunos da turma 3-3. Medo é o sentimento que vemos nas expressões dos personagens, pois qualquer um pode morrer de forma inexplicada. 

A história pode ser confusa. Afinal, por mais que seja um mangá curto, com apenas 4 edições, todos os mistérios não são lançados na nossa cara de uma só vez. E é isso traz todo o mistério e graça para a história. Tendo como roteiro original criado por Yukito Ayatsuji, a arte ficou por conta de Hiro Kiyohara, que soube fazer com que seu traço mesclasse direitinho com o clima da história, dando assim um equilíbrio perfeito.


Como disse no post da Primeira Impressão, a arte sustentou a história, e a curiosidade me fez comprar os outros três volumes. Confesso dizer que fiquei curiosa para ler o light novel que deu origem a esse mangá tão amado/odiado pelos otakus de plantão.

Não posso fazer nenhuma comparação ao anime, que foi lançado ano passado e que conta com treze episódios. Soube, por outras pessoas, que a arte do anime não conseguiu dar o mesmo toque que encontramos no mangá. A única coisa que sei, além da morte do guarda-chuva, é que a música de abertura é interpretada pela banda Ali Project. Another também conta com um live-action que pelas pessoas que já viram, não soube utilizar todos os elementos que a história possui. Uns dizem que a primeira morte foi feita toscamente.

JBC assim você me mata!

Como a JBC não consegue ficar quieta, a meta de lançar um mangá por mês está valendo e chegou no último mês (junho) o mangá O Senhor dos Espinhos (Ibara no Oh), que veio, literalmente para substituir Another no quesito mangá de mistério, além de seguir a linha ao trazer mangás diferenciados a nós, leitores brasileiros.

Senhor dos Espinhos terá 6 volumes, com cerca de 200 páginas e 4 páginas coloridas, ao custo de R$12,90 com periodicidade mensal.

Além de Senhor dos Espinhos, chegou nas bancas também o mangá Genshiken, que segue o mesmo estilo de Bakuman. Mostrar a sociedade japonesa vista por ela mesma. Genshiken terá inicialmente 9 volumes, que conta com a primeira parte do anime, cerca de 200 páginas, 4 delas coloridas pelo preço de R$11,90.

E esse mês, chega também nas bancas (creio que nessa semana) o mangá Blue Exorcist (Ao no Exocist).

É, a JBC mostra que não está mesmo para brincadeira. 

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2 comentários:

  1. Another está na minha lista de compras, não é a primeira boa resenha que tenho visto sobre.

    Quanto a JBC, realmente a estratégia deles está um tanto quanto ativa, espero que eles tenham cacife suficiente para se manter estáveis com tantos mangás em publicação. Ainda sim, por hora, a maioria dos títulos trazidos já estão finalizados no Japão e possuem final, o que tem atraido a galera na hora de comprar, afinal, é muito mais seguro comprar um mangá de, sei lá, 10 volumes que já acabou, do que um mangá que tem 20, 30 e não acabou. Para a editora, mesmo os finalizados com um grande número de volumes, quanto maior o tempo em que o título demora pra finalizar, é pior para as projeções de vendas.

    Ibara no Ou não me agradou, eu acabei lendo um trecho e não gostei nem da temática nem da arte. Já Genshiken me agradou em ambos.

    Um abraço,

    Gusta

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  2. Saudações


    Another foi realmente um bom mangá. Apesar de julgá-lo melhor que o anime, a obra sobressaiu-se no fator suspense, muito embora "mais leve" que outros títulos do gênero.

    Evidentemente, a Editora JBC está realmente fazendo um trabalho digno e de grande respeito. No momento, estou no aguardo das notícias sobre outros lançamentos da dita editora.

    E concordo, Naty: a JBC está de parabéns.


    Até mais!

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