Que atire a primeira pedra quem nunca se arrependeu de algo que fez ou que disse a alguém e que gostaria muito de voltar no tempo para desfazer tudo. Ou não ter comprado mangá "x" porque a capa e o enredo não superaram suas expectativas para uma boa leitura.
Mangás novos são sempre legais, principalmente quando o lançamento é um one-shot em volume único e quando sua situação financeira ajuda.
Tarareba - Contos de Passado e Futuro foi um dos mangás que aterrissou em nossas bandas esse ano.
"Quem nunca desejou voltar no tempo? Fosse para reviver algum momento especial ou consertar algum erro que cometeu e assim mudar o futuro. Pois em Tarareba - Contos de Passado e Futuro isso é possível graças a duas simpáticas deusas. A divertida Rinka e a sempre séria Hiten estão sempre dispostas a dar uma nova chance a quem precise -e queira.
Porém, há um alto preço a ser pago - a segunda coisa mais importante para cada um que as procura. Isso significa que, para realizar seu desejo, a pessoa pode até perder a vida. Por outro lado, cade a cada um a responsabilidade de mudar seu destino da forma mais correta quando voltar no tempo ou poder ter sérias consequências."
Tarareba é um mangá em one-shot dividido em cinco capítulos com histórias fechadas. Quatro dos cinco capítulos mostra quatro situações distintas, desde a que deram certo até aquelas onde conseguimos ver a "real" natureza humana, bem do tipo 'aquela pessoa nunca muda, não importa o que ela faça'.
As histórias são interessantes em si, contudo, fiquei um pouco decepcionada com o mangá em questão. Talvez porque tenha acontecido o mesmo que aconteceu com o livro Deuses Americanos. Esperei demais e não era aquilo que imaginei. Talvez por ser volume único e não ter tanto aprofundamento na história e em como funciona a volta no tempo.
Não consegui entender direito se Rinka e Hiten são as deusas ou "enviadas" de Kishimojin, uma deusa que protege as pessoas. Ela é a chave de tudo, como é mostrado na última história, que é focada na Rinka, e em como seu destino mudou transformando no que ela é hoje. Só sabemos que as duas possuem um poder para voltar no passado e que além da segunda coisa mais importante, elas também pedem que as pessoas tragam romãs, que servem como oferenda à Kishimojin.
Estou reclamando da história, contudo Rinka e Hiten, além de atender o pedido das pessoas, são meras observadoras. Elas atendem ao desejo de alguém e assistem. Simples assim. Em certo momento do capítulo 4, é curioso ver o quanto Hiten se importa com a essência das pessoas. Que elas não podem - ou não querem - mudar facilmente. Rinka e Hiten somente voltam no tempo, o resto é por conta da pessoa que desejou isso.
Seria realmente muito interessante poder ver a história com mais profundidade. Talvez o fato de ter somente um volume único é o que tenha me deixado com um sentimento de vazio. Essa é a palavra que procurava. E uma continuação também não seria bem-vinda, e a história poderia se tornar mais uma do "já sei o que vai acontecer no final, é óbvio".
Seria realmente muito interessante poder ver a história com mais profundidade. Talvez o fato de ter somente um volume único é o que tenha me deixado com um sentimento de vazio. Essa é a palavra que procurava. E uma continuação também não seria bem-vinda, e a história poderia se tornar mais uma do "já sei o que vai acontecer no final, é óbvio".
A responsável por Tarareba é Kyo Hatsuki, que é a autora de outros mangás já publicados aqui no Brasil: Love Junkies e Inu-Neko. Sua arte é linda e impressionante, ela não decepciona e foi isso que me impulsionou a ler o mangá até o fim.
Esse mangá foi, de acordo com as minhas contas, o quinto lançamento da Nova Sampa para 2013. Marcelo Del Greco mostra que não está para brincadeira e que não pretende parar por aí.
Recentemente, chegou nas bancas seu mais novo lançamento: Guren Langann e já foram confirmados para esse segundo semestre mais outros três títulos: Nightmare Maker, Tokyo Summer of Dead e Hakoiri, todos voltados para um público mais adulto, assim como a maioria dos títulos da editora.
crédito da imagem ao portal Gyabbo! |
Esse texto foi escrito ao som do CD Best Of the Best vol. 1- Wild -, do GACKT, que conta com várias músicas conhecidas do cantor com algumas diferenciações em comparação com a versão original além da "inédita" CLAYMORE, último single lançado pelo cantor e tema japonês do filme Silent Hill: Revelation 3D.
Sinceramente eu julguei esse mangá pela capa, abri na banca, dei uma folheada e não me atraiu. Depois fui procurar a autora e me deparei com o Love Junkies e ai realmente acabei não comprando. Pela resenha reparei que é um daqueles one-shots que não deveria ser um one-shot e sim uma estória maior. O problema de fazer one-shots é que é preciso ter um bom nível para sintetizar uma boa estória.
ResponderExcluirPor falar em um bom mangá, terminei de ler Another (que ainda não tinha comprado quando vc escreveu a resenha). Um ótimo mangá em todos os aspectos que posso elencar para um mangá. Ótima dica.
Um abraço,
Gusta