sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Blood-C: Quando a série não sustenta a franquia

Considerações finais do mangá de Blood-C



Blood-C nada mais é do que a história mais fraca da tão famosa série Blood, constituída por Blood The Last Vampire, Blood +, Blood Adagio para finalmente chegar na série em questão.

Produzido originalmente como anime, Blood-C é uma criação do estúdio Production I.G com o grupo CLAMP responsável pelo character design da série, igual aconteceu com o anime de Code Geass. Não confundam as coisas. Posteriormente, foi adaptado para mangá, este que recebeu uma arte e adaptação por Ranmaru Kotone, que desembarcou em nossas bancas em agosto pela italiana Panini, através do selo Planet Manga. Mangá este, que chegou em suas considerações finais.


Começo retirando aqui o que disse no Primeira Impressão. Enredo tímido não é ótimo para séries curtas. Se num primeiro momento tivemos uma introdução com características que poderiam possivelmente nos surpreender mais tarde, a expectativa criada à cerca acaba desaparecendo junto com qualquer traço para o entendimento da história, isto é, seu objetivo final.

Não que o enredo seja como um todo ruim. Ele somente foi mal executado. Temos quatro volumes para explicar/mostrar uma história complexa como essa e me parece que o mangá nada mais é do que um resumão de tudo muito mal elaborado, onde num primeiro momento a história não se desenvolve para posteriormente, em seus dois últimos volumes toda sua conclusão acontece drasticamente rápido que a expectativa cede lugar à decepção.


Saya aqui deveria ter um papel fundamental - como acontece em todas as outras séries -, só que sua participação está lá só para falar "oi, eu sou a protagonista, me siga e vocês terão uma boa história". Só que não. Sua vida, assim como o mangá após o segundo volume tornam-se extremamente sem sentido. Não que isso seja culpa da personagem, claro. A sinopse inicialmente apresentada no primeiro volume promete revelar uma história que nem ao menos chega a ser executada em seu total, que tomou rumos inesperados e deixou todos (pelo menos eu) confusa demais.

Afinal, qual seu objetivo? Ao que tudo indica, parece ser achar um motivo para viver além do já predestinado como matadora dos antigos, que ao que me perece perdeu todo e qualquer importância.

Vendo o mangá como um todo a única coisa que realmente salva na série é a arte. Ranmaru Kotone mostra que sabe desenhar com uma arte limpa. Arte esta que não contrastou com o estilo da história em certos momentos. Parece que o anime se salvou só por ter em seus staffs o nome CLAMP, bastante conhecido no mundo dos mangás e afins.


A única salva do mangá talvez tenha sido a ilustre participação da "loja em que seus desejos são realizados". Infelizmente, Ranmaru Kotone se desculpou por não conseguir desenhar direito "o personagem da loja" direito, utilizando a justificativa de não superar aquele que elas (CLAMP) desenham. Não é nem preciso citar o nome aqui sobre o tal personagem da loja. Afinal, é uma interpretação que acontece automaticamente.

Se o anime for igual ao mangá, eu passo longe. E não vá pensar que eu darei um fim à coleção assim, simplesmente porque a experiência não me agradou. Muito pelo contrário, ela foi ótima. Pois, até no mundo do entretenimento não vivemos somente de boas obras. É preciso sentir o gosto do amargo junto com o doce para termos um equilíbrio. Pode ser que daqui à algum tempo eu vá interpretar ela de outra maneira, entender realmente o que foi proposto ali, se é que teve alguma coisa.


Além dos quatro volumes de Blood-C, a Panini aproveitou e lançou também o spin-off da série chamado Contos da Décima Sexta Noite composto por 2 volumes. Lançado antes de Blood-C ser concluído pode ter causado confusão em algumas pessoas e eu não adquiri. Uma série de cada vez, por favor Panini.

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3 comentários:

  1. Não assisti a saga Blood, só vi o anime Blood-C e não gostei, a história e a protagonista não me motivavam a continuar assistindo, mas assisti até o final. O que me surpreendeu foi o filme, muito diferente da série normal, com uma dinâmica muito melhor, fiquei até surpreso. Recomendo, pelo menos ao que vi, o filme.

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  2. De todos os meus amigos fãs de anime eu sou a única que defende Blood-C de forma que sua critica não me surpreende em nada. Se você for assistir o anime periga não gostar também... Mas, apesar de gostar da série confesso que não vou apostar minhas moedinhas no mangar. #DesanimeiComAResenha

    Cheros, Pandora.

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  3. A série Blood em si eu nem fazia ideia de sua existência, mas assisti a Blood-C e bem não que o anime fosse ruim mas para ser algo tão parado no começo e nos minutos finais jogar tanta informação na cara ficou meio difícil de 'gostar', também teve o filme mas nem consegui vê-lo ainda.
    Mas realmente a arte é fantástica, pelo menos me agrada bastante, é algo que prezo quando vou ler ou assistir algo e também tem vezes que a arte não é das melhores mas a história é muito boa.

    Concordo com o que disse, aqui vivemos de altos e baixos, só temos de aprender a lidar com isso. E a Panini parece gostar de confundir as pessoas, das edições atrasadas de Naruto a falta de volumes de Blood Lad. :3

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