sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A Esperança - Último livro da trilogia Jogos Vorazes

Terminar uma trilogia é extremamente gratificante e ao mesmo tempo entristecedor. Primeiro, você estará completando um ciclo, onde todos os mistérios são desvendados, todas as pontas soltas são entrelaçadas e um certo sentimento de trabalho concluído afinal, foram empregados esforços e tempo na leitura. E segundo porque quando uma coisa boa acaba você sente aquela sensação de vazio no fundo. 


"Que a sorte esteja sempre com vocês!"



Depois de sobreviver duas vezes à crueldade de uma arena projetada para destruí-la, Katniss acreditava que não precisaria mais lutar. Mas as regras do jogo mudaram: com a chegada dos rebeldes do lendário Distrito 13, enfim é possível uma resistência. Começou a revolução.
A coragem de Katniss nos jogos fez nascer a esperança em um país disposto a fazer de tudo para se livrar da opressão. E agora, contra a própria vontade, ela precisa assumir seu lugar como símbolo da causa rebelde. Ela precisa virar o Tordo.
O sucesso da revolução dependerá de Katniss aceitar ou não essa responsabilidade. Será que vale a pena colocar sua família em risco novamente? Será que as vidas de Peeta e Gale serão os tributos exigidos nessa nova guerra?
Acompanhe Katniss até o fim desse thriller, numa jornada ao lado mais obscuro da alma humana, em uma luta contra a opressão e a favor da esperança.

Suzanne Collins - 424 páginas - Rocco 

Como já foi dito anteriormente por aqui, mais precisamente no post Jogos Vorazes: Em Chamas, a trilogia conhecida por Jogos Vorazes (que compreende os livros Jogos Vorazes, Em Chamas e A Esperança) sofre da Síndrome da Sequência, onde seu sucessor é melhor que o antecessor.

Por se tratar do terceiro e último livro da trilogia, A Esperança acaba consequentemente sendo o melhor. Claro, essa não é uma questão universal. Há quem discorde. Contudo, isso não vem ao caso no momento.

Seguindo no mesmo molde dos outros dois livros, A Esperança é dividido em três partes, sendo elas conhecidas como "As Cinzas", "O Assalto" e "A Assassina", que assim como aconteceu nas outras duas vezes, sugerem sobre o que aquelas partes irão tratar.

A narração em primeira pessoa nesse livro ganha grande força em mostrar toda a obscuridade que uma guerra possui, onde vemos uma Katniss insegura que se contesta frequentemente sobre as vidas perdidas em vão, em prol da crescente vitória entre os rebeldes contra a Capital. Tudo isso, junto com uma mente já abalada psicologicamente ante os acontecimentos narrados anteriormente torna a coisa toda louca demais, onde mais uma vez ela é utilizada de alguma forma, que aqui nesse caso pelos rebeldes contra a Capital.

Diferente dos outros dois livros que tratam dos reality shows e da matança entre as personagens, esse trata diretamente sobre guerra. Aliás, isso faz com que argumentemos durante a leitura, sobre as implicações de uma guerra, qual lado é o certo ou errado, porque matar pessoas inocentes e é certo isso que estou fazendo? Katniss busca não somente essa resposta para ela, como também para os atos dos outros, assim como ela vem a buscar um sentindo de viver pós-guerra. Sua realidade é cruel e ser símbolo só piora as coisas.

Suzanne Collins coloca algo na narração do livro que em certos momentos nos faz sentir exatamente o que a personagem sente, sem um pingo de dó. Sua dor inclusive é humana demais por se tratar de uma personagem fictícia e isso conta muito na construção da coisa toda, sendo bastante real. 

É verdade que o livro possui uma narrativa mais lenta se comparada com os anteriores, contudo compensa bastante e pode sim ser vista como mais uma edição dos Jogos Vorazes, onde toda Panem são os tributos e o que está em jogo tem muito mais de político do que se pode imaginar. 
"Senhoras e senhores…
A voz dele é baixinha, mas a minha ecoa pela sala.
- Está aberta a septuagésima sexta edição dos Jogos Vorazes!
Eu rio. Rapidamente. Antes que alguém tenha tempo de registrar o que está por trás das palavras que acabei de proferir."
O livro, assim como os outros dois foram editados e trazidos a nós pelo selo Rocco Jovens Leitores, da Editora Rocco. A tradução ficou a cargo de Alexandre D'Elia e há uma coisa a comentar sobre ela. O título original do livro é Mockingjay, que significa tordo, uma ave do universo distópico de Jogos Vorazes capaz de reproduzir melodias humanas (é também o símbolo da rebelião e o broche da Katniss). Vendo por esse lado, a adaptação não é como um todo errada, afinal, Tordo soaria estranho aos nossos olhos.

As capas da trilogia são magníficas e ao mesmo tempo limpas. São na verdade, os símbolos da estória, e tecnicamente importante para as mesmas. 


"Mas há jogos muito piores do que esse."

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2 comentários:

  1. Se o terceiro filme for tão emocionante quanto os outros 2 então tem tudo pra ser a melhor trilogia dos tempos. Coisa que infelizmente Matrix não conseguiu, o pior filme é o 3º, mas tenho certeza que em Jogos Vorazes será bem diferente!

    Que a sorte esteja conosco!
    Abraços.

    ResponderExcluir
  2. Ler sua resenha me fez ficar arrepiada, essa foi uma das histórias mais impactantes e realistas que li esse ano. A Katniss e sua trajetória me emocionaram e emocionam profundamente... Terminei de ler esse livro aos pedaços e com ser diferente quando há tanto realismo na narrativa da Collins?!? Concordo com você que a autora foi numa crescente, um livro sendo melhor que o outro, que a narrativa no vol. 3 ficou mais cadenciada, lenta, mas ao mesmo tempo mais impactante!

    Pandora
    O que tem na nossa estante

    ResponderExcluir

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