sexta-feira, 19 de julho de 2013

Deuses Americanos

Há vários tipos de histórias e livros. Existem livros de auto-ajuda (dos quais eu passo longe), de biografia (que tenho muita curiosidade em ler algum dia), os específicos e técnicos (quem sabe na faculdade?) e os que adoro, de literatura fantástica, onde o autor nos deixa viajar por diversos mundos, ver criaturas que existem somente no imaginário e  por que não falar de um livro sobre deuses esquecidos?



"Após a morte de sua esposa em um acidente de carro, Shadow é liberado da prisão antes de cumprir totalmente sua pena. Perdido, acaba por conhecer um homem misterioso, chamado Wednesday, que será muito mais importante na vida de Shadow do que ele imagina. Na verdade, Wednesday é um antigo deus, certa vez conhecido por Odin, o Pai de Todos. Ele está percorrendo os Estados Unidos a fim de reunir seus companheiros esquecidos para uma batalha épica contra as divindades do mundo moderno: internet, televisão, cartões de crédito, telefone, rádio... Shadow aceita ajudar Wednesday, e eles se lançam a uma tempestade psicoespiritual que se torna demasiadamente real em suas manifestações. A esposa morta de Shadow, por exemplo, continua a aparecer, e não apenas como um espectro - a dificuldade de ambos em manter seu relacionamento se torna sombriamente engraçada, assim como o resto do livro."

Sinopse via Skoob

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Como havia dito no Li até a página 100 e... #1 Deuses Americanos foi meu primeiro contato com a literatura de Neil Gaiman, conhecido mundialmente por Sandman. 

Dizer que estranhar sua literatura é pouco. Ela é totalmente diferente de vários textos sobre literatura fantástica que eu já tive contato. Diferente por ser fantasia e ser para adulto, tendo uma abordagem mais série e pesada em alguns pontos.

Enquanto alguns outros escritores podem escrever os acontecimentos de seus romances de forma "delicada", ele nos mostra os fatos de forma avassaladora. Talvez esse fato é o que tenha me impressionado tanto.

É incrível que em 444 páginas houvesse tantas referências a divindades já esquecidas. Confesso dizer que alguns são totalmente desconhecida para mim, enquanto outras estiverem presentes de alguma maneira, já que se tratam de deuses europeus, que vieram parar no novo mundo e com o tempo foram esquecidos. 

Outro fato curioso da abordagem do livro pode ser vista nos dias presente. Muitas vezes, por vários motivos esquecemos nossas antigas crenças, que são substituídas pelos equipamentos eletrônicos e modernos, pelas atrizes famosas de tal seriado e todas as outras coisas que vem com a moda e junto dela vão embora, sendo substituídos sucessivamente por outros.

A abordagem do livro é ótima e foi muito bem elaborada, com personagens únicos, cada qual procurando seu lugar, procurando a si mesmo ou simplesmente vivendo a vida um dia após o outro.

Contudo, esse não será meu livro favorito do autor e não pretendo tão cedo pegar outro título dele para ler. Posso usar como desculpa a enorme pilha de livros que acumulei, mais a principal delas é pelo tipo de literatura. É estranha e não me cativou.

Não consegui ver a essência do livro e senti aquela decepção quando terminei de lê-lo. Talvez eu tenha visto e não percebi. Esperei demais por uma guerra que simplesmente não aconteceu como deveria, ou como eu esperava que fosse. Além disso, o fato foi que a história, após ter alguns trechos interessantes, teve vários momentos cansativos, parecia até que quanto mais eu avançada na leitura, mais a história retrocedia.

Pode ser que serei "esculachada" por causa desta resenha. Deuses Americanos não me conquistou e sua leitura não foi tão agradável como esperei que fosse, em se tratando de um livro de Neil Gaiman. Aliás, preciso ver o que esse autor tem para ser considerado como o tal. Posso dizer que a primeira impressão não foi boa e muito menos agradável.

★★★ 

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2 comentários:

  1. Um dos méritos de Gaiman é em certo sentido promover a "união" entre a "alta" literatura e a literatura de "entretenimento". Personagens profundos e falhos em ambientes fantásticos. Geralmente ele faz uma combinação um tanto perturbadora entre beleza e brutalidade, entre poesia e crueldade, entre desencanto e esperança, entre o mágico e o banal.

    A Literatura Fantástica dele é mais desafiadora do que e mais ousada que a média.
    Ele desafia o leitor a superar o desconforto das situações estranhas e decifrar uma narrativa mais densa e menos óbvia do que a maioria dos autores do gênero tem.

    É como a guerra que "não aconteceu" no livro. É um desafio às expectativas pré-concebidas do leitor. É uma decisão narrativamente ousada.

    Deuses Americanos realmente não é um livro fácil. Mas isto pode ser uma qualidade e não um defeito.

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    Respostas
    1. Corrigindo: A Literatura Fantástica dele é mais desafiadora do mais ousada do que a média dos autores do gênero.

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