Capitão América: Guerra Civil

O terceiro filme do Capitão América

E a Marvel Studios abre sua 3ª fase cinematográfica de maneira espetacular. Depois de Homem Formiga, a Marvel Studios resolveu apostar alto adaptando um dos mais importantes quadrinhos da Marvel: Guerra Civil. Além disso, ela fez isso estupidamente bem como o terceiro filme do Capitão América, que desde o seu segundo filme (O Soldado Invernal) mostra a que veio: provar que Steve Rogers protagoniza a trilogia que todos queriam, isso porque o estúdio vinha com uma má fama de seus terceiros filmes (de trilogia) serem ruins, tendo como exemplo O Homem de Ferro 3, que decepcionou muito os fãs de Tony Stark nas telonas.

Seguindo a cronologia cinematográfica, Capitão América se passa logo após O Homem Formiga, que por sua vez se passa logo (do mais do mesmo) Os Vingadores 2: Era de Ultron.

Após os acontecimentos iniciais do filme, onde Wanda (a Feiticeira Escarlate) em uma tentativa de salvar a vida do Capitão América, acaba sendo a responsável por algumas mortes na qual traz à tona todos os acontecimentos envolvendo Os Vingadores, que no geral, mesmo com o dia salvo, acaba resultando em tragédias. A ONU decide então criar o Tratado de Sokovia, afim do governo poder enfim controlar os super-heróis - uma vez que a S.H.I.E.L.D. aqui não existe mais.

É aí que parte da coisa acontece: a divisão dos Vingadores. De um lado temos o grupo que segue Steve Roger, com seus desejo de que os Vingadores permaneçam livres, para poder agir sem a interferência do governo e o outro por Tony, que decide apoiar e dar supervisão ao governo.

Claro que o filme não fica focado somente nesse assunto, afinal, por mais que ele traga a adaptação de um dos mais importantes quadrinhos da Marvel, o filme é, antes de qualquer coisa, uma continuação da trilogia do Capitão América, inciada em 2011, seguindo de Capitão América: Soldado Invernal de 2014, com a situação mal resolvida entre o Capitão e seu antigo amigo Bucky, o Soldado Invernal, que trabalhava para a Hydra. Lógico que o soldado não foi simplesmente jogado na história (assim como todo o resto), sendo ele um dos, senão o principal motivo do Capitão ficar contra a lei quando decide ajudá-lo. Lembrando que todos os outros heróis que aparecem no filme, não são nada mais do que mero coadjuvantes, cada qual desempenhando seu papel na guerra brilhantemente.

Todos sabemos que, apesar da rincha inicial entre ele e o Homem de Ferro no primeiro filme d'Os Vingadores, ambos acabam se tornando bons amigos, que aqui acabam ficando em xeque devido a presença (e a relutância do Capitão em assinar o tratado) do elemento x, o Soldado Invernal. Claro que há o real motivo por de trás de tudo, estando todos os elementos interligados entre si.

Por ter sido adaptado de um dos melhores quadrinhos de 2006 pra cá que a Marvel publicou e pela sua importância no cenário geral das histórias após esse acontecimento, a Marvel Studios soube muito bem como adaptar os acontecimentos, contornando com maestria a falta de heróis - como o Quarteto Fantástico, tão importante quanto e por questões legais (faz parte da FOX) -, bem como o principal motivo que levou ao conflito - que no original é a morte de centenas de civis causado por um grupo de heróis novatos -, trazendo um clima mais denso, adulto e sério, sem perder o alívio cômico tão característico, conseguindo linkar todos os acontecimentos, dando sutis, porém eficazes referências, faz com que o filme flua sem se tornar cansativo em seus 147 minutos de duração.

Apesar dos outros heróis serem meros coadjuvantes, o destaque do filme fica para os animais, em especial o Homem Aranha - que ouvi comentários falando de ser o mais fiel aos quadrinhos possível -, e para o Homem Formiga, que só não teve todo o destaque por conta do Aranha, aliados aos outros heróis proporcionaram ótimas sequências de luta - e alguns dos melhores momentos cômicos da produção. Não posso deixar de citar o Pantera Negro, tão imerso na história quanto um novo herói poderia estar. E ele surpreende, fazendo-nos com que fiquemos ansiosos pela sua "estreia" oficial nos cinemas com um filme solo, que virá em breve.

Curiosamente - para aqueles que estão sempre à procura de um significado nas estrelinhas - é como a Marvel trouxe (de forma indireta), um debate importante sobre ponto de vista, que é o assunto chave quando se trata de Guerra Civil (seja ela em qualquer mídia), uma vez que atualmente cada vez há mais pessoas que insistem em defender suas opiniões, chegando inclusive ao ponto de agredir a outra (verbalmente e em alguns casos fisicamente) por ter opiniões contrárias. Claro que não é da mesma forma apresentado na história, mas já deu para pegar a ideia.

Sem mais delongas, Capitão América: Guerra Civil é de longe o melhor filme da Marvel e coloca o próprio Capitão América como tendo a melhor trilogia já feita até o momento. Se as próximas produções seguirem pelo mesmo caminho, vai valer (e muito) cada centavo gasto para ir assistir aos filmes quando estes chegarem ao nosso alcance. 

E que venha o Doutor Estranho, que eu nem conheço mas já considero pacas.