domingo, 8 de fevereiro de 2015

All You Need is Kill: Desistir não é uma opção

Vivendo no limite do amanhã



"Vida é algo para se gravar na pedra. Não terá sentido escrever em um papel que pode ser reescrito quantas vezes quiser."

Ultimamente a JBC vem traçando planos simples para alguns de seus lançamentos: lançar outra obras de autores já publicados anteriormente pela própria editora. Foi assim com Só Você Pode Ouvir e Tsumitsuki (ambos com arte de Hiro Kiyohara, responsável por Another) e com todos os outros shoujos que a editora vem apostando (digo de passagem CLAMP) e agora com All You Need Is Kill, com o ás na manga que atende pelo nome de Takeshi Obata (responsável pela arte de Death Note e Bakuman).



All You Need is Kill mostra a história do soldado novato Keiji Kiriya em sua primeira missão de campo, que após morrer, volta a manhã anterior a investida e acaba preso em um loop de batalhas contra seres extraterrestres que atendem pelo nome de mimetizadores. O mangá está concluído com dois volumes. O primeiro serve bastante como introdução e desenvolvimento do personagem Keiji Kiriya, que se vê ligado a Rita Vrataski, a valquíria do campo de batalha e o ás na luta contra os alienígenas. O legal é entender o funcionamento do loop e como isso afeta a vida de Keiji, que tem que repetir a manhã anterior toda vez que morre e em como ele usa isso como benefício para tentar ter eficácia na missão, baseando-se no "aprender retalhando", onde o indivíduo aprende mais no campo de batalha do que em treinamentos, já que as situações são diferente, principalmente psicologicamente. Sendo assim, Keiji se empenha para destruir o maior números de mimetizadores possíveis e enfim sair do interminável loop.

O volume 1 traz uma finalização que deve ter deixado muita gente doida pelo volume 2, quando descobrimos que Rita, a valquíria tem conhecimento sobre o loop - Sorte eu ter comprado os dois junto. E aí que entra o desenvolvimento da personagem, bem como toda a explicação do loop, do por que ele existir, suas consequências e quais os métodos para acabar com o ciclo interrupto, bem como um plano para cumprir a missão em questão.


O mangá apresenta uma linha tênue entre suas cenas de ação (que são bem feitas, diga-se de passagem) e o desenvolvimento pessoal dos dois personagens, sendo no fundo, uma história de amor aonde o mocinho tem como objetivo proteger a pessoa mais importante (naquele momento) enquanto tenta com todas as forças derrotar os mimetizadores. O mais curioso, é que mesmo em loop, os acontecimentos acabam não se repetindo exatamente iguais, podendo ser mudados de acordo com os atos da pessoa que está nessa fase. Por ser uma história em dois volumes, não há inserção de fatos superficiais na trama, o que torna uma leitura agradável e rápida, sem deixar pontas soltas e sem se aprofundar demais em o herói salvar o mundo, apenas na batalha em questão.

Lançado originalmente em 2014, All You Need is Kill foi inspirado em uma light novel, com roteiro de Horishi Sakurazaka enquanto a arte ficou a cargo de Takeshi Obata. Ainda em 2014, a história foi adaptada para as telonas sob o título de No Limite do Amanhã, estrelado por Tom Cruise e Emily Blunt, que encarnam Keiji Kiriya e Rita Vrataski (numa versão americana) dirigido por Doug Liman. Na época, não senti vontade de assistir ao filme, achando que seria mais um filme de ficção científica com efeitos especiais, mas que após ler o mangá, percebi a existência uma história instigante.


De acordo com o blog Sushi POP, o título remete a uma música dos Beatles chamada "All You Need is Love" e mesmo com a sútil apologia a guerra e mortes que o título utilizado no mangá remete, sua história acaba sendo de amor. A cada final de cada capítulo, somos apresentados a alguns trechos, que eu suponho ser da light novel do qual o mangá foi inspirado, trazendo mais sentido e aprofundamento para a história.


All You Need Is Kill é o tipo de mangá que vale o investimento. Seja por ter uma boa história, seja pela arte excepcional, seja pela quantidade. A edição brasileiro ficou a cargo da JBC, com dois volumes, de 216 páginas cada, vindo no mesmo formato de Soul Eater NOT e Sailor Moon, no já conhecido papel brite 52 pelo preço de R$12,50 com classificação etária para maiores de 16 anos (+16). O mangá teve seu lançamento durante o Comic Con Experience e já chegou (e saiu) das bancas, podendo ser encontrado em lojas especializadas.

E até o momento, eu já realizei 538 loops.

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4 comentários:

  1. Este é um excelente mangá em vários aspectos para mim. O principal é ele ser curto e fechadinho em 2 volumes. Vale ressaltar que é o primeiro mangá que compro em anos justamente por ser de poucos volumes e assim valer a grana investida.
    O outro é onde os personagens são inteligentes e desenvolvidos a seu modo dentro duma história que poderia ser chata nisso de loop (quem sabe da segunda temporada de Suzumiya Haruhi vai entender o que quero dizer) ficando uma história de ação com romance de fundo. O romance ocorre bem no final então não dá para considerar que este seja o foco principal ao meu ver. É ação mesmo, isso é fato.
    Engraçaco que mesmo prevendo o final no último capítulo acabei sentindo o final pelo seu desenvolvimento.
    Gostei de sua resenha, bem instigante e recomendo ver o filme inspirado no manga, pois ficou muito bom, pelo menos para mim.

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  2. Olá!
    Estou louca pra ler esse mangá, mas a distribuição dessas coisinhas tá uma porcaria aqui em Manaus... Do nada, surgiu o volume 2 nas bancas e livrarias, quando não vi o 1 em lugar algum! Aconteceu com YYH também -_-'
    ENFIM. A arte é belíssima (não que já não esperasse por isso) e você é a segunda pessoa que vejo falar bem... Com certeza vou comprar... Se eu encontrar o 1, né? Ter "coleção" incompleta de um mangá que só tem 2 volumes é demais pra minha cabeça.
    Não sabia que tinha um filme :O fui pesquisar e acabei lendo todos os spoilers possíveis KKK nem vou mais assistir pq né... Acho que vou esperar passar na Sessão da Tarde. lol ...parei.
    Abraços~

    ~ Nankin Dust

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  3. Quando estava lendo sobre o mangá estava pensando: vi um filme igualzinho. Que é o No limite do amanhã. O filme é incrível então imagino que o mangá seja maravilhoso também.
    Beijos

    Vidas em Preto e Branco 

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  4. Olá amei seu blog muito bem escrito e com temas os melhores possíveis para quem ama mangás! encontrei o volume 1 desse mangá dando sopa na banca a puco tempo e desde então não encontro vol. 2.

    www.sramia.blogspot.com

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