quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Da épica saga dos tigres: A Viagem do Tigre

Em sua terceira busca, a jovem Kelsey Hayes e seus tigres precisam vencer desafios incríveis propostos por cinco dragões místicos. O elemento comum é a água, e o cenário de mar aberto obriga Kelsey a enfrentar seus piores temores.
Dessa vez, sua missão é encontrar o Colar de Pérolas Negras de Durga e tentar libertar seu amado Ren tanto da maldição do tigre quanto de sua repentina amnésia. No entanto, o irmão dele, Kishan, tem outros planos, e dos dois competem por sua afeição, além de afastarem aqueles que planejam frustar seus objetivos.
Em A viagem do tigre, Kelsey, Ren e Kishan retornam a jornada em direção ao seu verdadeiro destino numa história com muito suspense, criaturas encantadas, corações partidos e ação de primeira.

A Viagem do tigre, Colleen Houck, 494 páginas, Arqueiro

A terceira busca começa

A viagem do tigre é o terceiro livro que compõe a conhecida Série do Tigre, iniciada com A maldição do Tigre e seguida por O Resgate do tigre. Nesse livro a autora nos banha com uma das mais belas e maravilhosas histórias com a utilização dos dragões místicos da mitologia chinesa em desafios impostos para que Kelsey quebre a terceira parte da maldição, dando assim mais tempo para que seus tigres permaneçam na forma humana.


Kelsey, a protegida de Durga ainda tem que lidar com seu namorado com amnésia enquanto escolhe se deve permanecer ao seu lado ou de seu irmão Kishan, por quem nutre também um sentimento profundo. Tudo isso somado ao fato de ter que enfrentar seus piores medos afim de conseguir o tão almejado Colar de Pérolas Negras de Durga, inclusive interpretando a lenda indiana que o colar se insere, enquanto conhece um pouco mais sobre a mágica conexão existente em seu coração, capaz de torná-la forte.

Não estou falando da porta do quarto, disse o dragão na minha mente. Estou falando da porta do seu coração." p.348

Utilizando-se da mesma linha narrativa dos outros dois livros, sempre em primeira pessoa, Colleen Houck parece ter acertado na dose quando alterna um romance ora delicado ora explosivo com aquele ar de "vamos discutir os termos da relação", com aventura e sem se deixar enfadonho. Os detalhes tão bem explorados pela autora para descrever os sentimentos de Kelsey que novamente se sobressaem, tornando a história íntima.

Os personagens que ajudam a tecer a trama são todos bem construídos, bem como seus significados e importância para obra, sendo em nenhum momento demais. Como personagem, Kelsey se desenvolveu bastante, passando de uma frágil e irritante garota do Oregon, para uma deusa guerreira igual a sua protetora, Durga. Diferenças inclusive pelas quais Ren e Kishan passam, mostrando em como eles amadureceram junto com Kelsey.

Eu era covarde. Estava repetindo meu padrão: minha necessidade de fugir de traumas emocionais. Manter Kishan perto de mim significava que eu não precisava arriscar nada. Ele era o meu escudo." p.388

O destaque para a obra fica para os dragões chineses, com sua importância relativa para o andamento afim de acabar com a maldição, e mesmo os piores temores de Kelsey não são páreos para o maior inimigo do grupo, Lokesh que mesmo aparecendo pouco consegue se mostrar como o vilão para a trama.

Abrangendo diversos pontos na trama, Coullen Houck soube fascinar inserindo numa mistura única duas distintas culturas como a indiana e a chinesa, sem forçar o andamento da história e tampouco atrapalhando sua compreensão.

Os dragões trazem chuva, cuidam das vias aquáticas, guardam tesouros e conferem força, riqueza, boa sorte e fertilidade. Em séculos passados, o povo chinês até já se autodenominou Filhos do Dragão." p.234

Sua arte de capa, assim como as que compõe a série sugere o tema principal do livro sem deixar de ser encantadora. A diagramação não apresenta nenhuma novidade e durante a leitura não encontrei nenhum erro gramatical que tenha passador despercebido em sua revisão.

Este livro destaca-se dos outros dois pela sua originalidade na característica de Colleen de alternar o romance e o extraordinário, com profundidade em mitos e lendas, crenças e deuses. A obra tem como mensagem que as escolhas devem ser feitas sem nenhum arrependimento, e qualquer que seja ela, irá ou não alterar o curso natural da vida, assim como a água altera seu curso durante a jornada. Não é à toa que já classifiquei A Viagem do tigre como sendo meu livro preferido da série.

O que conta é o placar final. Eu era um técnico que tinha mandado para o banco o jogador novato que era a estrela do time." p. 406

A Viagem do tigre consegue fugir do clichê básico ao mostrar um final estarrecedor, que nos faz ansiar pela sua continuação, O Destino do tigre. 

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2 comentários:

  1. Adorei a resenha. Eu tenho muita curiosidade sobre a série, mas ainda não tive tempo de começar a lê-la. A série é enorme, né? rs
    Vou ver se compro para lê-la no Kindle mais para frente.

    M&N | Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista de agosto

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  2. Olha só quem voltooou!

    A arte das capas dessa coleção sempre me agradaram, mas finalmente sei sobre o que se trata <3

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