Olá!!
Depois de quase um mês de ter assistido ao filme, finalmente vou poder postar sobre. E uma dica: vai assistir à um filme com apenas duas sessões para o dia, vá cedo, senão você corre o risco de sentar na frente e ficar desconfortável na cadeira ao assistir o filme.
Pegue sua pipoca e aproveite a sessão.
"Adaptação de musical da Broadway, que por sua vez foi inspirado em clássica obra do escritor Victor Hugo. A história se passa em plena Revolução Francesa do século XIX. Jean Valjean (Hugh Jackman) rouba um pão para alimentar a irmã mais nova e acaba sendo preso por isso. Solto tempos depois, ele tentará recomeçar sua vida e se redimir. Ao mesmo tempo em que tenta fugir da perseguição do inspetor Javert (Russell Crowe)."
Sinopse via Adoro Cinema.
Ver somente esta obra como um musical pode ser uma maneira errada para analisar o filme como um todo. Primeiro, temos que ver onde a obra foi baseada: de um romance escrito por Victor Hugo, onde o autor se utilizou do período em que viveu para compor a história, acrescentando as personagens bem como todas as características presente na França no início do reinado de Luís XVIII.
É interessante ver um filme e não ver Jean Valjean como um herói. Ele não foi o cara que levou a vitória ao lado dos "miseráveis" contra o império francês, tampouco foi alguém importante na história da França. Ele somente foi uma das várias pessoas que se viram, inteiramente ou superficialmente envolvidas com a Revolução Francesa, na luta dos pobres contra a realeza. Ele simplesmente estava lá e se viu envolto na coisa toda.
O musical em si já é outro fator para se analisar. Ele é diferente dos musicais que estamos acostumados a assistir, que conhecemos. Nos musicais convencionais, cito de passagem Mamma Mia! e Sweeny Todd, O Barbeiro Demoníaco da Rua Flet. Por ser um filme, uma adaptação do musical da Broadway, o diretor Tom Hooper fez com os atores cantassem as músicas ao vivo - onde os atores cantam na hora da gravação -, diferente do que acontece com os citados acima, trazendo mais realidade para a tela. Sem contar que tudo no filme é cantando, inclusive os 'bom dia", tendo somente alguns pequenos diálogos.
Fantine e Jean Valjean, numa das cenas mais emocionantes da trama |
O que pode ser estranho a quem for assistir ao filme é o jogo de câmera, que foca mais nos rostos das personagens do que no cenário em si. Contudo, devo acrescentar que nem por isso o cenário foi totalmente excluído. Ele é cheio de características que retrata a época em que se passa a história. Talvez, essa foi a tentativa que o diretor teve para que pudéssemos absorver a mesma atmosfera presente no musical, o da Broadway.
Os Miseráveis, antes mesmo de assisti-lo já era meu favorito ao Oscar. E fiquei contente pelo filme ter ganho três categorias das oito em que estava concorrendo. A categoria que estava torcendo mais era para o de Atriz Coadjuvante, onde Anne Hathaway - que interpretou Fantine - ganhou. Sua atuação, mesmo que tenha sido curta, foi marcante e maravilhosa. Não é a toa ela ter ganho este prêmio. Sua mãe já interpretou a mesma personagem durante a turnê do musical da Broadway. Faze-la no cinema e superando-a, a ponto de receber este prêmio deve ter sido muito gratificante.
A atriz Anne Hathaway na cena em que Fantine vende seus cabelos, dentes e o corpo para conseguir mandar dinheiro à Cossete |
O elenco é composto por um grupo um tanto inusitado. Todos, sem exceção, tiveram seu momento ao sol, como Helena Bonham Carter, que sempre interpreta personagens um tanto loucos, ou Amanda Siyfried que possui uma voz linda e descobri que já fazia aula de canto, deixou a desejar. E olha que ambas já participaram de outros musicais para a telona, os filmes citados acima. Russell Crowe também teve seu destaque, sendo o vilão que persegue o mocinho, ou o ex-presidiário. Sua participação na história, bem como seus talentos de cantos, foram bastante comentados. Lembro de ler lido na Veja da semana de estreia, que o ator desafinou, o que trouxe mais realismo a obra. Além disso, sua interpretação foi invejável, uma vez que desempenhou seu papel do jeito que devia.
Os Thénardier e Cossete, exigindo seus direitos à criança perante Jean Valjean |
Uma atuação que chamou a atenção foi a de Samantha Barks, que interpretou Éponine. É uma atriz estreante no cinema e a única que veio direto da peça, acabou sendo ofuscada. Não sei, talvez pela personagem que interpretou ou pelo fato de que o cinema e o teatro, mesmo tendo uma mesma ideia são diferentes.
Antes de encerrar este texto, não posso deixar de mencionar a atuação de Hugh Jackman, que concorreu no Oscar pela estatueta de Melhor Ator. Talvez, não sei, seja inevitável pensar no personagem Wolverine, que seja talvez a sua marca registrada. É incrível ver como o ator consegue se adaptar ao personagem - já assisti outros filmes com o ator, então sei do que estou falando -, e deixa de lado esta "primeira impressão".
Samantha Barks, a única que veio do original musical da Broadway. |
Fiquei impressionada ao saber a música que foi indicada na categoria Melhor Canção Original no Oscar. "Sunddenly" é uma música solo cantada pelo Jean Valjean. Pensei que seria outra, como a cantada por todo elenco que para a surpresa de todos foi encenada ao vivo no Oscar 2013.
Não é sempre que filmes assim são feitos - de maneira realista, sem efeitos especiais e com uma história baseada em fatos reais (literalmente) e boa atuação -. Mesmo que o filme tenha seus altos e baixos, é inegável dizer que ele como um todo é maravilhoso e emocionante. Aproveite!
O elenco na premiação O Globo de Ouro, onde Os Miseráveis ganhou na categoria Melhor Musical |
Les Misérables é altamente recomendado para aqueles que gostam de uma boa história, de um bom elenco e acima de tudo, para os apreciadores da sétima arte. Se você não curte musicais um aviso, este filme pode ser um pouco cansativo.
Preciso assistir ao filme para poder comentar Naty. Ao contrário de outras pessoas adoro musicais.
ResponderExcluirQuanto a Anne Hattaway, ela sempre demonstrou talento e charme, inclusive nos tempos de Diário da Princesa.
E estava ótima como Mulher Gato.
Sobre a canção indicada: para concorrer ao Oscar a canção tem que ser original, ou seja, composta para o filme. No caso de adaptações de musicais costuma-se acrescentar uma canção nova "apenas" para concorrer. Creio que foi este o caso da canção indicada.
Saudações
ResponderExcluirNão sou um exímio apreciador da sétima arte, jovem Naty. Mas, às vezes, me arrisco em assistir a um bom filme.
"Los Miserábles" aparenta possuir uma história interessante e de bom poder para prender a atenção. O fato de possuir um lado musical presente, enfaticamente, pode até reduzir um pouco o número de pessoas interessadas no filme, mas não vejo isto como um tipo de "problema" ou algo assim.
Um ótimo post de sua parte, Naty.
E sim, uma boa recomendação.
Até mais!
E eu ainda não assisti..... :o
ResponderExcluirPOR QUE!!!!!!! X.X
Essa resenha só me deixou com mais vontade de podder assistir..... espero poder fazer em breve!!!!
Parabéns pelo post!