Olá!!
É difícil achar, mesmo nos dias de hoje - com internet e tudo - sobre a vida dos mangakás (autores de mangás). Talvez o único contato que venhamos a ter sobre as vidas pessoais deles seja nos freetalkies presentes nas edições encadernadas de seus mangás - que demoram um século para chegar em nossas mãos -, imagine então sobre suas experiências amorosas?
É partindo dessa ideia que o grupo CLAMP nos presenteia com uma antologia de volume único onde agrupa 12 histórias individuais, desenhada por Tsubaki Nekoi e roteiro de Nanase Ohkawa. Nessas histórias são abordados vários assuntos do coração, como a insegurança, a distância, a independência, a idade e o casamento, todas é claro, vista pela visão feminina.
O mangá em si é diferente. Diferente das histórias que fizeram a fama do CLAMP, A Pessoa Amada traz uma faceta mais humana do grupo. A arte também vai ser diferente da que estamos acostumados. Se na maioria dos títulos do CLAMP, Mokona é a responsável principal pelos traços, este conta com Mick Nekoi - que em 2004 mudou seu nome para Tsubaki Nekoi -, que em outros títulos é responsável pelos acabamentos finais. O roteiro fica a cargo da líder do grupo, Nanase Ohkawa.
História
"O amor, traduzido em várias formas, atrapalhado pelo tempo, pela distância, pelas dúvidas. Nem tudo é flor, mas sempre existe uma saída. E nas mãos das meninas do CLAMP, você vê as experiências reais que os relacionamentos podem proporcionar, transformando o mais mundano dos amores em histórias fantásticas."
Ao final de cada capítulo, que são de apenas sete páginas cada, podemos entender mais sobre a história com a explicação dada pela própria Tsubaki Nekoi e quando o fato em si aconteceu - sendo que nem todas as situações foram vividas pelas mulheres do grupo, tendo a contribuição de mangakás conhecidos das quatro integrantes -.
Este mangá pode ou poderia muito bem ser visto como um manual para relacionamentos - não pense em comprá-lo com esse intuito -, pois mostra de forma clara e real situações que com certeza alguém que já se relacionou já deve ter passado. Por exemplo, eu me identifiquei com quatro das doze apresentadas. É por este motivo que esse mangá é diferente dos outros títulos já publicados pelo CLAMP.
A Edição Brasileira
Não posso dizer qual foi o mês do lançamento do mangá aqui em terras tupinikins, mais tenho absoluta certeza que foi no ano passado. Infelizmente - por eu enrolar muito para ler - o mangá não é mais encontrado em revistarias e bancas comuns, sendo somente encontrado em lojas especializadas.
A Pessoa Amada, de título original "Watashi no suki na hito" foi publicado entre os anos de 1994 e 1995 pela Young Rosé (revista para mulheres) e chegou ao Brasil no final de 2012 pela Editora NewPOP - a mesma falada no post anterior -. Diferente do que aconteceu com outros títulos da CLAMP, A Pessoa Amada não foi publicada pela Editora JBC. Como já foi explicado pelo editor famoso Cassius Medauar, mesmo que a JBC publique algum título do CLAMP, ela não é exclusiva para o título, podendo ser publicada por outra editora.
Acabei encontrando um erro referente ao nome da desenhista, que na época de publicação de A Pessoa Amada no Japão era Mick Nekoi, mais que em 2004 se transformou em Tsubaki Nekoi. Não seria necessariamente um erro, mais peço atenção da editora para as outras publicações que virão a ser lançadas pelo grupo aqui.
Acabei encontrando um erro referente ao nome da desenhista, que na época de publicação de A Pessoa Amada no Japão era Mick Nekoi, mais que em 2004 se transformou em Tsubaki Nekoi. Não seria necessariamente um erro, mais peço atenção da editora para as outras publicações que virão a ser lançadas pelo grupo aqui.
Seguindo o padrão da NewPOP, A Pessoa Amada foi impresso em papel off-set, capa cartonada e páginas coloridas iniciais, contando com 132 páginas à um preço de R$14,00 - que não é caro, devido ao cuidado da Editora -.
Em breve pela NewPOP
Ao terminar a leitura, eis que tive uma agradável surpresa. A NewPOP está investindo em outros títulos da CLAMP - provando que mesmo que a JBC já tenha lançado e esteja lançando algum título do CLAMP por aqui, ela não é a detentora exclusiva dos direitos de publicação do grupo por aqui -.
Os próximos títulos serão: O Homem de Várias Faces, Gate 7 e Shunkaden - A Nova Lenda de Chun Hyang, ambos - especulação minha - no mesmo formato padrão utilizado pela editora. Infelizmente não há previsão para o lançamento nem maiores detalhes a cerca dos títulos. Sabe-se somente, através do site JBox.com.br, que em fevereiro deverá chegar nas bancas o mangá Shunkaden - A Nova Lenda de Chun Hyang, que é uma série de volume único pelo preço de R$14,90.
Creio que com esse investimento - e se tiver uma periodicidade - a NewPOP vai conseguir seu lugar ao sol no mercado brasileiro de mangás, que hoje é liderada pela JBC e Panini.
Se minha memória não falha, Gate 7 é o último mangá lançado pelo grupo e ainda está em publicação no Japão |
Shunkaden, a Nova Lenda de Chun Hyang deverá chegar nas bancas este mês. Quando chegar, será anunciado na Fanpage do blog. |
Saudações
ResponderExcluirO mangá "A Pessoa Amada" apareceu no mercado brasileiro em outubro do ano passado, sem nenhum alarde inicial. Comprei-o na GibiCON em Curitiba (até fiz uma review dele para o CLAMPDay em novembro).
Confesso que a arte é muito singela, digna de aplausos. Muito bem desenhado, diálogos curtos e de compreensão imediata, páginas coloridas e todo um sentimentalismo que pairava no ar com certa delicadeza marcante.
Uma obra aprovada, digna de ser adquirida.
Ótimo post, Naty.
Até mais!
Tenho uma espécie de amor e ódio pelo Clamp: na mesma medida em que suas histórias me agradam, as personagens "fofas, super pra cima, tudo de bom" me irritam.
ResponderExcluirVi o mangá que comentou nas bancas e até teria comprado se eu soubesse que era edição única. Acho que agora já era.
Esse dois últimos títulos que anunciou, parecem ser do tipo que me agrada - lendas e fantasias. Só espero que não seja daqueles com 300 capítulos de história que nunca acaba! Já me arrependi de ter entrado nessa armadilha de voltar a colecionar mangás! São ótimos, não há dúvidas, mas muito despendiosos.