segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Comentando a 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo

Diversão, cultura e interatividade. Tudo junto e misturado



Comentando o dia 31/08/2014 da 23ª Bienal Internacional do Livro de SP

A Bienal Internacional do Livro de São Paulo é um evento cultural organizado pela Câmara Brasileira do Livro, que teve sua primeira edição realizada entre 15 e 30 de agosto de 1970, no Pavilhão da Bienal, no Ibirapuera. Em 1996, ela passou a ser realizado no Expo Center Norte, afim de abrigar um maior número de expositores e proporcionar um maior conforto ao público, que ao que tudo indica, cresce a cada edição. Em 2002 ela foi para o Centro de Exposições Imigrantes, até 2004. Em 2006, a Bienal passou a ser organizada no Parque Anhembi, onde continua até essa última edição. Nesse ano de 2014, em sua 23ª edição, a organização do evento divulgou que 720 mil pessoas tenham passado pelo pavilhão em sete dias de evento.

Confira a seguir o relato de Natália sem H sobre o evento. 


Com a ansiedade na flor da pele desde o início do evento, no dia 22 de agosto, sábado dia 30 foi o grande dia. Minha intenção inicialmente era chegar no Anhembi por volta das 10h00. Contudo, por forças do destino e de ônibus, trem, metrô e mais um ônibus eu cheguei na Bienal as 10h40 (aproximadamente), entrando oficialmente no Centro de Exposições umas 11h30 (aproximadamente).

É óbvio que teve fila. Mas sabe aquelas filas que estão constantemente andando? Pois bem, é aí que são elas! A fila para o ingresso estava mega grande e para a sorte dos visitantes, nesse final de semana tivemos a sorte de ficar num galpão - diferente do que eu tinha ouvido do final de semana passado, onde as pessoas esperaram no belo sol da manhã. A fila foi organizada em "minhocas", fazendo ziguezagues e após o tempo de espera eis que estramos, para o evento que já estava abarrotado de pessoas.


Após 3 edições, você nem se impressiona com o número de pessoas. E após consegui falar com mamãe - que por ser professora entrou antes -, bora para as compras, gastar todo o dinheiro e aproveitar a Bienal.

Minha primeira parada foi a estande da Panini, que assim como diversas outras estandes tinha fila, mas que andava. Em menos de 10 minutos eu já estava dentro do estande procurando os Graphic MSP faltantes e o quarto e último Valente (Valente Para o Que Der e Vier). Após a compra, bora para a fila do autógrafo, que iria começar as 14h.


Incrível como há pessoas má educadas entre nós. E eu ainda falo em alto e bom som "É só pedir licença, que eu dou", justamente para que a mãe da criatura puxe-le a orelha. Se funcionou? Nunca saberei.

E tenho uma reclamação a fazer aos organizadores da sessão de autógrafos com Vitor Cafaggi. Limitem a quantidade de itens a ser autografados no início, não depois dele ter autografado milhões de coisas. Sabe, eu levei meu Graphic justamente porque teria autógrafo com os autores das mesmas mais tarde e depois da limitação - que aconteceu a duas pessoas de mim - eu fiquei realmente insatisfeita. Eu só queria autografar o Valente Para o que der e Vier e o Turma da Mônicas Laços, não um caderninho pessoal como fizeram. Conclusão: Não fui para a outra sessão de autógrafo, embora eu tenha pegue a senha. Vai ficar de lembrança.


Após um belo puxão de orelha de mamãe via telefone, lá fui eu almoçar. Incrível que este ano teve "barraquinha" do Bob's e Burguer King, embora eu não tenha ido em nenhum dos dois. Após comer um lanche natural e deixar metade da minha Coca, numa imaginação furtiva de que o banheiro estivesse com a fila quilométrica, eu me surpreendi ao constatar que a fila andava, coisa que não costuma ocorrer para o uso dos banheiros femininos. Juro que da próxima vez eu não vou usar um sanitário infantil no meu desespero.

Comprar os itens da lista. Ela te ajuda a ir aos objetivos e você não esquece nada (a não ser que você esqueça de anotar na lista). Minha primeira parada foi a Novo Século Editora, atrás do meu exemplar de A Comissão Chapeleira, Livro 2 da série iniciada em A Arma Escarlate da Renata Ventura. Preciso dizer que a autora é fofa? E ela ficou feliz em saber que sua investida na fila de autógrafos com o André Vianco na outra edição surtiu efeito! Tive meu autógrafo a um som cheio de gingado vindo de algum estande vizinho.



Além de fazer uma lista de compras, anote também qual o número da estande e pegue o mapa no setor de informações, isso ajudará em muito na hora de você ir as compras. Fui avisada anteriormente de não ir na Intrínseca/Sextante/Arqueiro, que estavam dividindo quase o mesmo espaço. Contudo, o que não se faz por uma revista que fala sobre literatura fantástica (a.k.a. revista Bang!)? Eu fui na área da Sextante, acabei comprando um livro que não estava na lista só para ganhar a revista, que estava na lista. O destino é curioso não? 

Após entrar numa verdadeira estação da Sé em plena Bienal e quase ser furtada por que alguém que abriu minha bolsa, bora descansar, repensar, contar quanto ainda tem de dinheiro e partir para os outros objetivos. E claro, riscar alguns.


Um amigo comentou no facebook e realmente tem sentindo. Qual o sentido que a organização da Bienal tem em colocar estandes de editoras grandes próximas? Criar o caos em meio a um evento ou provar que Newton estava errado e vários corpos ocupam o mesmo espaço? Se eles a deixassem um tanto separadas, não haveria caos, ou se houvesse ao menos não seria localizado.

Filas, Filas e Filas. Eu até entendi as filas para entrar em alguns estandes, uma justificava que muitos reclamaram e reclamarão no decorrer de próximas Bienais. A justificativa é não lotar o estande, para que os visitantes possam ao menos ver seus produtos e adquiri-los. LeYa não pensou muito nisso quando chamou dois autores ao mesmo tempo. o plano inicial era comprar livro do Afonso Solano. Só que nas condições, foi impossível conseguir seu autógrafo - e o livro ficou para o meu irmão.

Quando se faz planos e se cria uma lista não significa que você consiga fazer tudo o que programou. Eu aprendi isso por vários motivos, tais como limitação financeira e filas quilométricas. O autor Eduardo Spohr esteve no evento dando autógrafos. Espertos como a organização separou um lugar enorme para que todos os fãs ficassem acomodados, inclusive para filas em ziguezague. É, pois é, eu desisti quando vi o tamanho da bendita, e o mesmo motivo + a situação financeira foram o que me manteve longe da Rocco

Se você encontrar um dos itens escritos na lista e ficar em dúvida, tire na moeda - funciona. Foi assim que eu fiz enquanto tentava decidir se eu levava Como Eu Realmente, da Fernanda Nia ou Ouro, Fogo e Megabytes do Felipe Castilho. Os vendedores de cada estande tem um argumento útil: "O autor está ali!" 



Se você não sabe que 10% é desconto, não vá a uma Bienal. Todos os estandes, ou a maioria estava com descontos imperdíveis. De 10% a 50% dependendo da quantidade e do título do livro. A Sextante estava com livros à partir de 9 dilmas. E havia livros já em desconto que você conseguia mais desconto, como foi o caso dos livros dessa editora. Se você viu o preço e ele continua o mesmo, dá uma choradinha, sempre adianta. E saiba que R$5,00 ou até menos R$1,00 de desconto é válido, você pode comprar mais. Na andança, eu vi livros da Mafalda com 50% e os livros do Laurentino Gomes da Globo Livros estavam com 40% desconto. Até o box de bolso de Guerra dos Tronos estava por um preço bom: de R$139,90 por R$99,90.

Natália sem H. Soletrar o nome pode vir a ser bastante útil num lugar onde você vai pegar autógrafo. Saiba soletrar ao menos seu nome, ao menos você não corre o risco de tê-lo escrito errado no livro por aquele autor. Era assim que eu falava meu nome e olha, os autores estão de parabéns! O legal é que quando eles tem dúvida quanto a grafia eles perguntam sem vergonha - tem acento? Os autógrafos é a parte mais legal de se comprar livros numa Bienal. É algo exclusivo e só seu - tudo bem que diversos autores escrevem a mesma frase, mas só em ter seu nome já o torna especial. 


Naty in Wonderland with Cabine Literária
Encontrar aquele autor e conversar com ele não tem preço. Não sabia que vídeo aumenta as pessoas e eu achando que o Danilo Leonardi era alto - como ele perguntou, "achava que eu tinha o quê? 3 metros?". Me senti toda quando o Gabriel, seu parceiro no Cabine Literária achou fofo meus cachos. Obrigada por não puxá-los, dá trabalho para fazer! A parte mais legal é quando você conhece o autor anteriormente e ele se lembra de você - valeu Giulia Moon! Foi o estopim para que o dia 30 tenha sido tão bom. Ou quando o autor pergunta curiosamente onde você ouviu falar do livro dele né Felipe Castilho? Ou quando o autor faz ali, na sua frente, um desenho no seu exemplar, Vitor Cafaggi, seu fofo.


Eu havia feito um padrão de só comprar livros nacionais, mas meu paradigma foi quebrado. Não que isso tenha sido ruim, não causou nenhum caos no meu universo, mas me fez ficar com um livro sem dedicatória. O que não se faz por uma revista? 

Após um pequeno passeio que estava além do meu objetivo, aproveitei para tirar fotos (que se mostraram poucas no final) e andar sem se preocupar em ser arrastada ou quase ser furtada. Num momento, durante a confusão próximo a editora LeYa, minha mochila foi aberta. Sorte que abriram o zíper que não continha a carteira e que nenhum dos meus itens sumiram de lá. Minha mãe já não teve a mesma sorte, com o furto do único celular que funcionava no Anhembi, sorte ter sido aquele mais chifrim.

E olha, não escute o que os outros falam. Ouvi/li muita gente reclamando que só tinha fila, que tinha muita gente, que estava muito cheio e que os livros estavam caros. Quero entender AONDE? Vocês foram no maior evento literário de São Paulo, se bobear do Brasil - junto com seu irmão do Rio - e é óbvio que ia ter muitas pessoas, consequentemente formando filas. É para isso que serve a tal da paciência e ler livros nessas horas ajuda bastante. De todas as filas que eu peguei, só DUAS andaram devagar, sendo a primeira para pegar o ônibus de graça e a segunda a do autógrafo do Vitor Cafaggi na Panini. O banheiro estava de boas, limpo e eles tinham papel higiênico, tanto que nem precisei usar o papel que levei. As filas para os estandes tinha uma justificativa plausível: não abarrotá-los. Os lanches estavam na média para evento. Com R$20,00 você podia comer numa boa. Incrível que só eu vi algo bom em meio ao caos.

Aceitar as dores no final do dia ajuda a torná-lo tão especial. É consequência de se passar o dia inteiro em pé e andando. Ainda mais quando se é sedentária como eu. Primeiro foram os quadris e até chegar em casa e as costas doeram. E apesar de terem falado para não levar mala com rodinha, ela foi útil. Imagina ter de carregar na mochila e nas mãos todas as compras? É só ter o senso de carregá-la em lugares com muitas pessoas - coisas que as pessoas sem educação não tem. 

E essas foram as minhas aquisições. 

O tema desta edição tem tudo a ver com o evento. Você se diverte, tem cultura ao seu alcance, interage com muitas pessoas, tudo junto e misturado - literalmente falando. Que venha 2016 - ou quem sabe 2015 no Rio. 

Comente com o Facebook:

3 comentários:

  1. Acho que suas jornadas em eventos são meus posts preferidos. Prefiro eventos menores, porque esse contato com os autores é obviamente facilitado. Se gosta de Cafaggi e desenho no autógrafo te prepara que em 2015 tem FIQ BH :D

    ResponderExcluir
  2. Foi um ótimo passeio e muitas compras ":D

    ResponderExcluir
  3. Uma galera do meu face foi para o evento e postaram suas aquisições. Não sei se eu teria ânimo para enfrentar essa muvuca toda @_@'~ Deve ser tão legal ter tantos livros autografados! Haha, eu só tenho dois encartes de CD do Angra :~
    Queria conhecer a Eddie van Feu (acho que ela está na Linhas Tortas agora).
    E ai de vc se reclamar que não tem o que ler agora, haha! xD
    Bjs!!

    ResponderExcluir

Opinem, comentem, compartilhem, façam como o filme "A Corrente do Bem" e passe adiante!


E Por favor! Sem palavras de baixo escalão, ou que possa denegrir qualquer pessoa. Lembre-se, quem escreveu o post é uma pessoa igual a você (nem melhor e nem pior). Comentários deste tipo serão deletados.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...