terça-feira, 22 de novembro de 2016

Preciso falar sobre... preços dos e-books e a praticidade de baixar livros de graça



Porque eles são caros, ah isso são!!!


Eu tenho um leitor digital, um e-reader que atende pelo nome de Kobo Glo (da Livraria Cultura), há o quê? Uns dois anos? Confesso que não utilizei ele (ainda e talvez nem venha a utiliza-lo) da maneira que gostaria. Ok, os livros estão as disposição de alguns cliques (e a Cultura é legal e aceita pagamento em débito). Alguns (os mais duvidosos) ficam disponíveis de grátis. E tem aqueles que você baixa e pronto, igual a músicas por aí.

Se bem que o negócio da coisa toda é aquele, o livro digital (e-book) simplesmente não pegou. Não foi como a música digital ou a internet nas nossas vidas. Coisas que líamos a um tempo atrás hoje não fazem tanto sentido, como "o livro físico vai morrer" - o que, aliás, ele anda bem vivo -, bem diferente da música digital e o CD - com exceções é claro. Cada mídia meio que se adaptou e pode ser que logo, logo as revistas e jornais deixem de ser impressos para serem totalmente digitais - o que já vem acontecendo à algum tempo e tem se agravando com a situação econômica atual do país, como a revista Capricho, que a Editora Abril deixou de imprimir à cerca de um ano atrás.

A questão aqui são os e-books, então vamos voltar para eles. Outro dia eu fiquei com vontade de ler Férias! da Marian Keyes e na impossibilidade de comprar o livro físico resolvi partir para o e-book (uma vez que eu comecei a ler essa série no Kobo Glo), justamente por causa do custo benefício. Tal qual foi a minha surpresa quando eu vi que o preço do e-book estava o mesmo do livro num Sebo próximo de onde eu trabalho (dependendo da época que você ler o post, trabalhava). E aí eu pergunto: qual a vantagem de eu comprar o e-book sendo que pelo preço que estava (acho que uns 25 temers) eu poderia comprar o livro físico pelo mesmo preço num sebo ou pagar um pouco mais e comprar um novinho? A resposta é: baixei clandestinamente.

Em diversas pesquisas feitas por mim mesma, constatei que vale mais a pena pagar uns 10 temers à mais e comprar na edição impressa do que o e-book (isso porque no site da Cultura, o prazo de entrega dos livros digitais é de 15 minutos após a aprovação da compra) - a não ser que apareça promoções como "Clube da Luta" por 9,90 ou "Sob a Redoma" por 14,90 (que sofro até hoje por não ter os poderes na época e não ter aproveitado tais ofertas).

O mercado digital de livros é sim promissor, ainda mais com a popularização dos e-readers (o Kobo encontra-se esgotado na Livraria Cultura, de acordo com o site PublishNews e se não me engano, parece que o Ponto Frio agora vende o Kindle, da Amazon). Falo de popularização, porque outro dia no metrô eu vi uns dois ou três leitores com um e-reader, o quê, considerando o investimento é bastante coisa. Aliás, talvez esse seja o empecilho. O primeiro contato dos e-books de vários leitores se deve através da leitura feita em smartphone, tablet e computador - que não tem uma tela própria para isso e acaba cansando bastante a vista, e investir uns 300,00 à 400,00 temers só para ler livros não é lá o sonho de muitas pessoas. E vocês sabem da onde vem esses e-books né?

Que atire a primeira pedra quem nunca baixou algo "ilegal" da internet, tais como músicas, filmes, seriados e os livros. Antes que venham tacar pedras em mim, eu não sou santa (apesar de ser bem certinha e por isso talvez eu me sinta mal por baixar um livro, por causa dos direitos autorais e tals, mesmo que eu não tenha tanta empatia pelas outras mídias com direitos autorais - mas sabe como que é né? Escritores ganham bem pouco). Aliás, eu gosto bastante de baixar os "grátis" que a editora Harlequin vira e mexe disponibiliza na web, ou aqueles duvidosos que a Livraria Cultura disponibiliza também. Sem contar também que esses "ilegais" trazem aquela coisa da tradução e revisão de procedência duvidosa.

Enfim, creio que os e-books terão sim seu lugar ao sol em algum momento do futuro, seja elas por questão de espaço (penso seriamente em adquirir a serie Outlander via e-book) ou pela simplicidade. Mas este dia não sera hoje. Leitores das antigas (tipo eu, você, sua mãe, seu pai) ainda preferem livros impressos, porque eles têm cheiro, textura e outras coisas a mais, enquanto os da nova geração (essas crianças que eu tenho medo de vê-las crescidas), que provavelmente já nascem tirando selfie, talvez venham a preferir os meios de leitura digitais. Quem aqui prefere ouvir no Spotify ao comprar algum CD? Ler sites de notícias ao invés do jornal impresso, com papel de jornal? Talvez com os livros aconteça a mesma coisa.


Pensem e reflitam!

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