terça-feira, 14 de junho de 2016

Jornada para Star Wars: O Despertar da Força - Estrelas Perdidas


Star Wars: Estrelas Perdidas - Claudia Gray - 2015 - 448 páginas - Seguinte

Ciena Ree e Thane Kyrell se conheceram na infância e cresceram com o mesmo sonho: pilotar as naves do Império, cujo poder sobre a galáxia aumentava a cada dia. Durante a adolescência, sua amizade aos poucos se transforma em algo mais, porém suas diferenças políticas afastam seus caminhos: Thane se junta à Aliança Rebelde e Ciena permanece leal ao imperador. Agora em lados opostos da guerra, será que eles vão conseguir ficar juntos?
Através do ponto de vista de Ciena e Thane, você acompanhará os principais acontecimentos desde o surgimento da Rebelião até a queda do Império - como as Batalhas de Yavin, Hoth e Endor - de um jeito absolutamente original e envolvente. O livro relata, ainda, eventos inéditos que se passam depois do Episódio VI, O Retorno de Jedi, e traz pistas sobre o Episódio VII, O Despertar da Força.

Um livro de Star Wars (diferente) e cheio das referências



Star Wars: Estrelas Perdidas foi mais um dos livros que a Seguinte lançou focado no público infanto-juvenil, aproveitando a onda para o filme O Despertar da Força, que marcou a volta de Star Wars as telonas (e consequentemente se tornou o filme mais aguardado de 2015).

Sua história começa de forma bastante despretensiosa, com duas crianças com um sonho em comum: pilotar as naves do Império, em uma época de expansão onde o novo sistema de governo vem ganhando espaço, chegando aos mundos da Orla Exterior, como o planeta natal das crianças, Jelucan.

O início pode ser banal e mostrar (quase) tudo as mil maravilhas, como ser agentes do Império fosse a melhor coisa da galáxia, ainda mais após a queda da República. Só que não. Após alguns acontecimentos, onde são narrados desde a entrada (bem como uma parte do treinamento) de ambos na Academia Império, sua trajetória nos leva aos eventos narrados no Episódio IV: Uma Nova Esperança (como a explosão da Estrela da Morte, ou o grupo de pilotos responsáveis por averiguar a informação falsa dada pela Princesa Leia) faz com que haja uma certa divergência entre os protagonistas, que acabam possuindo cada qual um pensamento oposto ao outro sobre a situação.

Por incrível que possa parecer, o andamento do livro apresenta-se como uma surpresa. Até a metade dele, o único pensamento que tive foi: "vai dar tempo?". Isso porque o livro nos promete que de alguma forma vai trazer acontecimentos que ligue o Episódio VI ao Episódio VII, justamente por fazer parte do cânone "Jornada para Star Wars: O Despertar da Força". Aliás, tenha em mente que o livro não trará fatos que vão acrescentar muita coisa, mas traz alguns detalhes que são bacanas de saber, e eu não vou dar exemplos aqui para não contar nenhum spoiler, mas que tem lá sua ligação com o novo jogo Star Wars Battlefront... Mas acredite. Dá. Os acontecimentos são narrados rapidamente, assim como de acordo com as participações de ambos nos acontecimentos.

O livro é interessante pois narra os acontecimentos ora por Ciena Ree ora por Thane Tyrell, e o fato de poder ver ambas as perspectivas, que na grande história do universo de Star Wars são de dois meros coadjuvantes, que sequer aparecem nos filmes, da maior guerra que a galáxia de Star Wars já viu: Aliança Rebelde x Império Galáctico. Além de trazer o dramas internos de cada um diante dos conflitos enfrentados, o livro foge um pouco do padrão quando traz o algo mais a história, um romance sem ser meloso e que acontece entre bons amigos de infância que acabam se tornando soldados inimigos.

Outra coisa que curti bastante durante a leitura são as variadas referências à toda a antiga (Clássica) Trilogia de Star Wars (que compreende os Episódios IV, V e VI), vendo tudo por um outro ângulo, que não seja a dos heróis principais (o que a meu ver foi o maior trunfo da história).

Por se tratar de um livro infanto-juvenil, a linguagem utilizada pela autora é extremamente simples (para os padrões livros de Star Wars, sempre cheio de palavras e contextos "difíceis"), podendo ser lido tanto por leigos no assunto que estão à procura de uma boa história, como para os fãs mais hardcore. 

Aliás, uma coisa que meio que me desagradou foi o formato utilizado pela Seguinte (e pelo que eu vi foi em todos os livros de Star Wars da editora) foi o tamanho da fonte e margens, que acaba sendo fora do padrão, numa tentativa de fazer com que o livro tenha mais páginas e consequentemente seja mais caro (motivo este pelo qual eu ainda não adquiri os outros livros que a editora trouxe). Ah sim, o livro traz, anexado a orelha da contracapa um marcador de página exclusivo, o que eu acho uma puta sacanagem, pois eu não vou cortar meu livro.

Cronologicamente (canonicamente falando) o livro deve ser lido após Star Wars: A Trilogia (DarkSide) ou da Trilogia Clássica, e antes de Star Wars: Marcas da Guerra (Aleph), pois mesmo sendo de editoras diferentes, são essenciais para a história.

"Veja pelos meus olhos."

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Um comentário:

  1. Olá, Naty.
    Eu gostei bastante do livro. Apesar de não trazer nada necessariamente novo, é interessante ter uma nova visão sobre os acontecimentos da trilogia clássica.
    Isso do marcador no fim do livro é realmente uma sacanagem. Também não cortei o meu.

    Desbravador de Mundos - Participe do top comentarista de junho. Serão quatro livros e dois vencedores!

    ResponderExcluir

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