terça-feira, 23 de setembro de 2014

Em Busca de WondLa

"Esta busca é só o começo..."


"Eva Nove nunca saiu de casa, nunca viu o sol de verdade. Em seus doze anos de vida ela nunca teve contando com outro ser vivo - sua única companhia é uma robô. Tudo isso muda quando um implacável desconhecido destrói seu lar e Eva precisa fugir, para sobreviver. Desesperada para encontrar alguém que seja como ela, sua esperança reside unicamente na imagem despedaçada de uma menina, um robô, um adulto e a estranha palavra "WondLa".A busca vai levá-la a descobertas que vão muito além de suas maiores expectativas, em uma jornada surpreendente, divertida e emocionante."

Em Busca de WondLa, Tony DiTerlizzi, 400 páginas, Intrínseca


Em Busca de WondLa é uma daquelas histórias desconhecidas que todo mundo deveria ler

Eva Nove é uma criança de 12 anos como outra qualquer, a não ser pelo simples fato de ter sido criada por uma robô e nunca ter saído de casa, já que mora num Santuário subterrâneo. Um dia, quando sua casa é explodida, Eva tem de fugir, deixando todo o conforto que tinha para sobreviver num mundo bem diferente daquilo que ela via nos hologramas. Seu treinamento não a preparou para isso. Com a ajuda de Andrílio e o beemote Otto Eva descobre mais sobre o mundo e sobre sua própria existência, assim como nos fascina cada vez mais durante sua jornada. 


O livro, por ser infanto juvenil  possui em linguagem clara e consegue fluir rapidamente, com algumas complicações de entendimento das criaturas desconhecidas que Eva vai encontrando durante sua jornada, que convenhamos, faz parte de toda boa história. O livro peca somente em algumas informações a respeito de alguns acontecimentos, como o mais importante: porque o Santuário de Eva foi atacado? Contudo, essa falta de informação pode ser um artifício utilizado pelo próprio autor, visto que A Busca de WondLa trata-se do primeiro livro de uma trilogia. 

As personagens que aparecem no livro são as mais curiosas e estranhas possíveis, e o autor Tonny DiTerlizzi soube exatamente como instigar nossa imaginação: através de ilustrações feitas por ele mesmo. Esse elemento trouxe mais brilho para o livro, mesmo que as ilustrações sejam todas em tom de verde. Aliás, foi justamente por causa dessas ilustrações que me senti tentada a comprá-lo. Elas nos ajudam a entender melhor as criaturas que ali aparecem, complementando ainda mais a narrativa - que de tão simples chega a ser ineficiente sozinha, mesmo com a melhor das imaginações. O amadurecimento da personagem não se restringe somente a Eva. Isso mostra que o autor teve preocupação de mostrar que os envolvidos são importantes para a trama, sendo parte dela também. 


Em Busca de WondLa pode ser facilmente classificado com uma obra de fundo distópico - igual à tantos que estão dando as caras por aí -, em um planeta Terra onde os seres humanos estão quase extintos, mas que diferencia-se das outras do gênero justamente por não apresentar todos os detalhes na nossa cara logo no início do livro, mas sim gradativamente, enquanto Eva conhece mais sobre o lugar onde está. Além disso, o livo está cheio de mensagens de cuidado com o próximo, amizade, valor a vida, a busca por si próprio e do significado de pertencer a um lugar.

É uma pena que há pouca divulgação do livro por aqui - todas as pessoas que comentei não o conheciam. Curiosamente suas ilustrações já foram citadas - e até usadas de exemplo - pela revista Computer Arts #79. Outra coisa interessante para comentar é que o site www.wondla.com.br possui um conteúdo interativo para aqueles que lerem o livro - infelizmente, por falta de recursos eu não pude utilizá-lo.


Em Busca de WondLa é aquele livro que começa despretensioso mas a medida que avançamos na leituras ficamos mais e mais curiosos sobre o rumo que a história vai tomar, deixando que a curiosidade para o tal "WondLa" nos leve junto com Eva para onde quer que seja. É imprescindível não se encantar com a história. 

Concordo com você Rick Riordan, "mal posso esperar para ler os próximos!"

Continua em Um Herói Para WondLa.

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Um comentário:

  1. Vi esse livro há algum tempo numa livraria. A arte me chamou muita atenção, gostei bastante do traço. Pela resenha o livro não parece espetacular, mas bem agradável de se ler. Acho que vale a conferida.

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