quarta-feira, 28 de maio de 2014

Godzilla: Coadjuvante do próprio filme

Godzilla está de volta



Esse não é o filme que o Rei dos Monstros merecia

Godzilla (2014) é nada mais nada menos do que o trigésimo filme do lagarto, que chega no ano que ele comemora 60 anos. Ora visto como heróis ora como vilão, a criatura é a personificação do medo que os humanos tem das armas nucleares.

Godzilla (Gojira no original) é um aspecto característico da cultura japonesa (ainda mais pelo país ter sido a principal vítima de duas bombas nucleares no final da II Guerra Mundial), embora sua popularidade tenha enfraquecido ao longo dos anos, ele ainda é um dos monstros mais conhecidos no mundo.


No filme, acompanhamos inicialmente Joe Brody (Bryan Carnston, nosso Walter White do seriado Breaking Bad) criou o filho sozinho após a morte da esposa (Juliette Benochi) em um acidente na usina nuclear em que ambos trabalhavam no Japão. Ele nunca aceitou a catástrofe e quinze anos depois continua remoendo o acontecido, tentando encontrar alguma explicação para tal. Seu filho, Ford Brody (Aaron Taylor Johnshon), agora adulto, é soldado do exército americano e precisa lutar desesperadamente para  salvar a população mundial - em especial a sua família -, do gigantesco, inabalável e incrivelmente assustador monstro Godzilla.

A sinopse, retirada do site Adoro Cinema já começa tratando Godzilla como um vilão. Coisa que ele não é em momento algum nesta obra - há o mostro-vilão (que eu esqueci o nome) que é na verdade um parasita, um inimigo natural do Godzilla. Esse filme parece bastante com um pedido de desculpa ao personagem - tendo em vista a péssima adaptação (que por falta de conhecer outros filmes, eu gosto) de 1998 foi um tanto falho. Mesmo ele estando (de acordo com minhas fontes), mais fiel às características originais com quase invulnerabilidade e o tal "bafo nuclear". Não é à toa que ele se alimente de radiação.

Nesta produção, Godzilla parece mais um coadjuvante do que a estrela principal, visto que o drama familiar (presente em diversos filmes americanos) com os quais já estamos um tanto cheios de ver são o enfoque principal do filme. Francamente, quem se importa com isso quando temos Godzilla? Na verdade, se houvesse qualquer outro monstro gigante (kaiju) realmente não iria fazer muita diferença. E se Godzilla não aparecesse no filme, tanto faz, o drama familiar está lá para isso. Mas os humanos precisam que Godzilla derrote o inimigo, somos incapazes disso.




Na maior parcela do filme, vemos bastante pessoas correndo, rastro de destruição e o tenente Ford Brody tentando encontrar sua família do que o pega entre os monstros - que convenhamos, é o que muitos queriam ver. Em determinada parte há animação do tipo "uau, é agora!" e para nossa decepção, a cena é cortada para o drama familiar (o tenente olhando uma foto da família). Até o filme Círculo de Fogo, do mexicano Guilhermo Del Toro consegue se sair melhor nesse quesito. Acredite, a última coisa que você vai ver no filme é o dito cujo Godzilla. Ao menos, nas cenas que ele tem as honras de aparecer, sempre o faz de maneira imponente.


E para felicidade de muitos e minha infelicidade, uma sequência do filme já foi anunciada. E há quem diga que irá virar trilogia.

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3 comentários:

  1. Saudações


    Eu não assisti ao filme, então não posso dizer se estás certa ou não...
    Entretanto, do que conheço do plot acerca de Godzilla, ele é tão vilão quanto a força da palavra prediz (a não ser que, no filme aqui analisado, sua presença tenha sido outra).

    O que posso dizer é: se vai ter uma continuação, ou uma trilogia, este filme em específico fará sentido. A razão é simples, pois poderá esta produção cinematográfica, de momento, definida como introdutória à causa. Em outras palavras, os outros dois filmes darão sequência ao que foi mostrado neste (ao menos em teoria).

    Muitos amigos meus dividiram as opiniões sobre a obra. Inclusive, é muito fácil ver pela internet afora que não houve uma unanimidade na opinião final de Godzilla. Nobre Natália, nisso eu posso dizer que estás equivocada, pois o filme não foi uma maioria nem entre quem gostou, muito menos da parte de quem o odiou.

    Enfim, só poderei opinar melhor após assisti-lo...


    Até mais!

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  2. Admito que não li todo o post por não ter assistido o filme ainda, mas achei interessante seu comentário sobre o fato dele pouco aparecer. Sempre senti isso nos filmes de kaiju que assisti. Mesmo nos filmes do meu amado Gamera, os monstros aparecem bem menos do que os humanos. Acredito que seja uma característica do gênero mesmo.

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  3. Oi, Natália. Vim retribuir a sua visita ^^ Ainda não assisti o filme, mas os outros comentários a respeito que li colocavam o mesmo que você: o personagem que deveria ser o centro das atenções ficou pra escanteio em prol do drama familiar. Estou meio dividida agora, mas acho que vou assistir mesmo assim, pra ver o que acho.

    Beijos,
    Nicole,
    http://www.meigaemalefica.blogspot.com
    http://www.portal42.com.br

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