domingo, 4 de maio de 2014

A Culpa é do John Green e não das Estrelas

O segundo livro mais vendido em 2013



"Você vai rir, chorar e ainda vai querer mais" (Markus Zusak, autor de A Menina que Roubava Livros)

Realmente, colocar a culpa nos outros é fácil. Difícil é admitir a culpa. Não, não foi culpa das estrelas que o livro vendeu tão bem quanto água - ou até mais, a culpa foi inteiramente do idealizador do livro, John Green. Não é a toa que o considero como um novo Nicholas Sparks com a diferença básica (comprovada até a leitura deste livro) de seus finais serem surpreendente ao invés de imprevisíveis.

Hazel é uma paciente terminal. Ainda que por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante - o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos -, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico.Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto que cerdo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno ínfimo das páginas em branco de suas vidas.
A Culpa é das Estrelas - John Green - 224 páginas - Intrínseca 

O livro não é somente mais uma historinha para boi dormir é, acima de tudo um livro dentro do gênero Slice Of Life e bastante ambicioso ao mesmo tempo que inspira de maneira brutal sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar. Tudo protagonizado por seres inexperientes que são dois adolescentes.

A história toda é narrada em primeira pessoa pela nossa paciente terminal Hazel. Sua abordagem ao mesmo tempo que consegue ser simples também consegue ser intensa. Cada capítulo é mais um na sua curta vida e seu sofrimento (tanto o sentimental como carnal) é totalmente humano e posto a prova que é impossível não se arrepiar com as situações e momentos vividos.

John Green conseguiu alcançar um patamar diferente ao lidar com uma doença tão real e fatal na época em que vivemos. Hoje, há mais câncer do que antigamente, principalmente em países emergentes, embora haja mais modernização em seu tratamento é uma doença que faz ambos os lados sofrerem. Surpreendente é que ele não é o inimigo da história.

- Nem o câncer é um bandido de verdade: o câncer só quer viver". p. 223

A trama do livro é quase toda (senão inteiramente) desenvolvida em cima de uma obra fictícia, Uma Aflição Imperial (UAI para os íntimos) escrito pelo fictício personagem Peter Van Houten, que olhem só: é sobre uma menina diagnosticada com um tipo raro de leucemia, uma pessoa "efeito colateral", assim como A Culpa é das Estrelas é sobre o amor verdadeiro entre duas pessoas com câncer.

Crianças com câncer são, no fundo, efeitos colaterais da mutação incessante que tornou a diversidade da vida na face da Terra possível." p.51

Além da garota com câncer e o amor verdadeiro, o livro também nos apresenta algumas verdades do mundo. E talvez a maior verdade de todas. Câncer é algo real, e Hezel Grace tornou-se a prova viva disso, já que ela foi inspirada em outra pessoa: Esther Earl. A história de Esther Earl, contudo é contada no livro A Estrela que nunca vai se apagar, uma autobiografia contada através de cartas, contos, anotações de seus pais e um prefácio escrito por John Green da Hezel Grace da vida real.

[...] fiquei pensando que existiam dois tipos de adultos: os Peter Van Houtens - criaturas desprezíveis que varriam à Terra à procura de algo a que magoar, e as pessoas como meus pais, que andavam de um lado para outro como zumbis [...]" p. 261

Ainda para este ano, é aguardado o filme baseado diretamente no livro. O filme estreará nos cinemas americanos dia 06 de junho e por aqui, a data oficial é dia 05 de junho. O autor, John Green já viu a versão quase completa do filme e declarou ao site USA Today o que achou: "Eu adorei. É uma adaptação maravilhosamente fiel". Então, antes de assistir já sabe o que ler né?

A Culpa é das Estrelas é o que chamamos de uma leitura agradável com uma grande dose de melancolia. Então, antes de lê-lo, não esqueça da caixa de lenços ok? 

Ok.

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6 comentários:

  1. Esse livro é maravilhoso e emocionante. Deste gênero, é um dos melhores.

    M&N | Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista de Maio

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  2. Sade eu ainda não li, todos do blog ou quase todos leram, mas eu ainda não tive coragem de encarar essa grande ose de melancolia que vc citou! mas um dia eu encararei!! rsrsrs

    Bjs, Michele

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  3. Adorei a sua resenha! Eu amo essa história e mal posso esperar para assistir ao filme. E vou levar lenços para o cinema!!!

    Bjs, Raquel.

    morethanaworld.blogspot.com.br

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  4. Antes que eu me esqueça, uma pequena correção na digitação: "um garoto que cer_d_o dia" .
    Eu tenho medo de ler/assistir. Sei que precisarei de um balde no meu lado (sou chorona. muito chorona.).
    Um livro que acabou me lembrando foi Veronika Decice Morrer, de Paulo Coelho. (que me fez lembrar que não vi o filme)

    Beijooos!

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  5. Ainda não tive muita vontade de ler os livros dele. Tenho a impressão que o estilo do livro não é indicado para mim, mas algum dia vou arriscar!

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Opinem, comentem, compartilhem, façam como o filme "A Corrente do Bem" e passe adiante!


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