terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O Hobbit: A desolação dos Fãs, digo de Smaug

Sequências, sejam elas de livros ou filmes, tem sempre vários caminhos a seguir: ou são melhores que seu antecessor, ou são piores, ou se mantém no mesmo nível.


O Hobbit: A desolação de Smaug quase seguiu pelo primeiro caminho. Tendo um grande desvio, transformou a desolação de Smaug na desolação dos fãs, literalmente.



"Após iniciar sua jornada ao lado de um grupo de anões e de Gandalf (Ian McKellen), Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) segue em direção à Montanha Solitária, onde deverá ajudar seus companheiros de missão a retomar a Pedra de Arken, que fará com que Thorin (Richard Armitage) obtenha o respeito de todos os anões e o apoio na luta para retomar seu reino. O problema é que o artefato está perdido em meio a um tesouro protegido pelo temido dragão Smaug (voz de Benedict Cumberbatch). Ao mesmo tempo, Gandalf investiga uma nova força sombria que surge na Terra Média."

Sinopse Via Adoro Cinema

Precedido por O Hobbit: Uma jornada inesperada, a desolação de Smaug é o segundo filme de uma trilogia que ao meu ver não deveria existir. Até então eu estaria me perguntando se Peter Jackson sentiu arrependimento em não ter colocado (a partir daqui é Spoiler) no Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei a luta dos hobbits no Condado contra Língua de Cobra e Saruman. (fim do spoiler). Afinal, para quê dividir um livro em três filmes, se um filme foi suficiente para cada livro dos Senhor dos Anéis? A resposta é fácil e eu não vou dizer ela. Pensem.


Como já mostrado anteriormente, no primeiro filme e já comentado por aqui no post O Hobbit: Uma Jornada Inesperada, Peter Jackson teve a oportunidade e uma certa liberdade em acrescentar fatos inexistentes na obra original (O Hobbit de J.R.R. Tolkien), contudo estando dentro do contexto da estória, uma vez que algumas informações estão contidas nos apêndices, presente no terceiro livro da série O Senhor dos Anéis enquanto outras nem tanto.

Neste filme fica mais evidente o uso dos jogos de câmeras e da tecnologia atual, dando mais enfoque no filme como um todo, não se limitando somente as cenas de ação. Me indaguei se os atores que interpretam os anões são anões na vida real. A coisa toda é jogada de um jeito que somos forçados a refletir, com aquele ângulo da câmera vindo por baixo, dando impressão de que os personagens (não os anões) são maiores, como na cena em que aparece o troca peles Beorn. 

E não é essa cena.

Para este filme, foi introduzido outras personagens como os elfos da Floresta da Trevas, com direito a - como eu gosto de chamar - bônus chamado Légolas. O que não foge do contexto da estória. Afinal, ele é filho do rei e nada poderia impedir sua intromissão no filme. Uma nota: ele sequer é citado no livro, uma coisa que ansiei de verdade enquanto o lia.

Outra coisa que deixou muitos fãs torcendo o nariz e tacando pedras no diretor foi a criação da personagem Tauriel para essa sequência. Isso somente aconteceu porque a participação feminina em qualquer uma das obras de Tolkien é mínima, senão insignificante. Esse ato aliás, foi defendido pelo diretor cotado a fazer a adaptação Guilhermo Del Toro, nosso Hellboy da vida real. Tauriel serve também para mostrar que existe classes diferentes até mesmo entre os elfos, o belo povo imortal que é visto como os certinhos da Terra Média.


A participação de Tauriel deveria ter parado por aí, mais não, vamos adicionar algo desnecessário. Um triângulo amoroso platônico entre um anão e a elfa. Cadê o ódio entre os povos? Essa atitude foi bastante forçada pelo diretor e totalmente desnecessária para a trama. Queremos ver o dragão, não um romancezinho.

A desolação de Smaug tem lá suas partes preciosas, que torna o filme divertido. Lembrando que o livro é infanto-juvenil, portanto, mais leve que O Senhor dos Anéis. São cenas inusitadas que possuem uma pitada de humor, levando a galera ao entusiasmo e dando um chega para lá no tédio de ficar mais de duas horas assistindo ao filme. Suas cenas de ação são ótimas e o cenário da Montanha Solitária por dentro é de deixar qualquer um de queixo de caído, mostrando que seres pequenos possuem complexo de grandeza.


A liberdade do diretor deu mais importância e ênfase para o que Gandalf foi fazer ou invés de ir com os anões pela Floresta das Trevas. Quem leu o livro ficou no escuro nessa parte, pois Tolkien não contou com tanto detalhes a investigação de Gandalf, que é esperto e prefere upar sozinho ao invés de dividir pontos de experiência com seus companheiros.

Mas acreditem. Tauriel não foi a pior parte do filme. O que desolou qualquer fã nesta obra foi seu final. Para que um filme seja bom, e ainda mais que exista continuação é necessário que haja uma ponte ligando seu último acontecimento ao primeiro do terceiro filme, ou seja, um final dando a deixa para o próximo. 


Peter Jackson, nunca termine um filme no auge de seu clímax! Isso desaponta até os fãs menos fervorosos. Afinal, o final precisa compensar tanto quanto o filme, pois foram 2 horas e 49 minutos assistindo-o. Agora entendo a cara que o Jovem Nerd e Azaghal fizeram ao sair da sala de exibição. (se o vídeo não abrir no tempo, vá para 25:39). Pode ser que eu esteja tirando conclusão precipitadas, já que eu não ouvi o nerdcast.















E agora fica a pergunta: o que esperar do próximo?

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2 comentários:

  1. Oie eu assistir o filme e sem querer ser rude, mas cara que final foi aquele?? deus que me livre. Eu não sou fã de carteirinha(olha o novo kkk) da saga, mas posso dizer que fiquei decepcionada.Fazer o que ne só esperar pelo outro mesmo, vai que melhora ne '-'
    kiss

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  2. Meu irmão é fã do Tolkien, ele chegou em casa PUTO da vida, revoltado, irritado, para ele o filme todo é uma grande jogada para ganhar dinheiro ou para Hollywood mostrar como sabe fazer efeitos especiais legais. Ele detestou todas as mexidas no roteiro da história, o triangulo amoroso... e derivados... o Legolas metido na história... enfim... eu achei que foi um mimimi terrível no meu pé do ouvido.

    Mas, ai eu vejo que existem duas opiniões sobre "O hobit": uma dos que não leram o livro, esses gostaram muito de tudo; e outra dos que leram, esses ficaram desolados de verdade.

    Eu não li o livro, mas meu irmão reclamou tanto que não me animei a ir ao cinema para ver, vou esperar para ver na televisão quando sair os dvds. Porque sim, apesar de toda a reclamação, sei que sendo fã meu irmão vai querer o dvd.

    Ah, uma das minhas parcerias de blog viu o filme e fez resenha, ela não leu o livro, e adorou a obra.

    Cheros, Pandora.

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