O fim de uma Trilogia: Batman e o Cavaleiro das Trevas Ressurge

Olá!!

No domingo dia 09, finalmente, graças ao NOW da NET assisti ao último filme da trilogia do meu super-herói favorito. Batman, do Christopher Nolan.

Mesmo eu curtindo animes e a cultura japonesa, eu tenho sim meu super-herói favorito. E ele se chama Batman. Eu gosto desse herói porque ele não tem super-poderes, é um ser humano como outro qualquer, que decidiu utilizar seu próprio medo para causar medo aos seus inimigos.

E a trilogia criada por Christopher Nolan conseguiu reunir tudo o que a personagem tem e trazer para o contexto do mundo que em vivemos.

"Oito anos após a morte de Harvey Dent, a cidade de Gotham City está pacificada e não precisa mais do Batman. A situação faz com que Bruce Wayne (Christian Bale) se torne um homem recluso em sua mansão, convivendo apenas com o mordomo Alfred (Michael Caine). Um dia, em meio a uma festa realizada na Mansão Wayne, uma das garçonetes contratadas rouba um colar de grande valor sentimental. Trata-se de Selina Kyle (Anne Hathaway), uma esperta e habilidosa ladra que, apesar de flagrada por Bruce, consegue fugir. Curioso em descobrir quem é ela, Bruce retorna à caverna para usar os computadores que tanto lhe serviram quando vestia o manto do Homem-Morcego. Aos poucos começa a perceber indícios do surgimento de uma nova ameaça a Gotham City, personificada no brutamontes Bane (Tom Hardy). É o suficiente para que volte a ser o Batman, apesar dos problemas físicos decorrentes de suas atividades como super-herói ao longo dos anos."

Sinopse via Adoro Cinema

Apesar de considerar, assim como vários outros fãs e os críticos o desenrolar do filme fraco, se comparado com o O Cavaleiro das Trevas - no qual Heath Leadger teve sua melhor atuação e onde os fãs puderam conferir um Coringa mais psicopata -, este filme teve seu papel na trilogia, que foi a de encerrá-la com respeito, depois do fracassado e um dos piores filmes do Homem-Morcego, Batman e Robin (de 1997) - só de lembrar dos peitos da roupa do Batman, já sinto arrepios -.

Comparar o antecessor ao sucessor não é o melhor a se fazer, em especial numa trilogia. Contudo, para se falar deste filme, será necessário falar dos outros dois: Batman Begins e Batman O Cavaleiro das Trevas.

Se em Batman Begins tivemos todo o início da história - que nunca se alterou em nenhuma das versões feita do homem-morcego, em que ele vê, com apenas oito anos de idade seus pais serem assassinados -, tivemos também toda a introdução no mundinho de Bruce Wayne, bem como seu treinamento e seu objetivo quando decidiu criar o símbolo, que iria combater a criminalidade em Gotham, além é claro de sermos introduzidos ao estilo de filme que Christopher Nolan faz. Nesse filme, temos um Bruce mais indeciso, sem saber o que quer ao certo.

Em O Cavaleiro das Trevas, talvez considerado por unanimidade como o melhor filme do Batman, temos a melhor atuação de Heath Leadger, no papel do maior vilão do herói: o Coringa. Esse filme mostra bem o lado psicológico das personagens e talvez esse seja o maior motivo do filme ser tão bom. Mesmo se tratando de um filme de super-herói, que passa numa cidade ficticia, o modo como as coisas se desenrolam são as mais naturais e reais possíveis. 

O fato que fez O Cavaleiro das Trevas Ressurge do jeito que é porque o filme nem deveria existir. Nolan já havia dito que não haveria o terceiro filme e este só foi feito para "calar a boca de todos", já que várias pessoas estavam aguardado-o e provavelmente enchendo o saco do diretor para isso. ¬¬

Se o segundo filme foi mais psicológico, esse terceiro foi mais político. Nolan se aproveitou da atual situação financeira dos EUA e criou uma crise na bolsa de valores em Gotham City. Quem se deu mal na circunstância foi Brune Wayne, que literalmente faliu. Além da lei marcial instaurada por Bane, que pretende destruir a cidade - lembra do plano da Liga das Sombras do Batman Begins? - e da derrota  do homem-morcego, bem como sua ascensão do mundo das sombras. 

Talvez a correria e algumas falhas não deixaram o filme tão grandioso como seu antecessor. Ok, tivemos um vilão (Bane), contudo, ele literalmente perdeu o seu boom quando Miranda Tate fez sua revelação, onde Bane era tão somente uma marionete a ser controlada por ela.. Além de faltar o clima impactante para tal ação, Bane foi reduzido a um mero coadjuvante, em vez de ser o vilão principal e pimba, Miranda, ou Talia se torna a vilã da vez. 

Selina Kyle talvez tenha sido a personagem mais aguardada do filme. Incrível como associamos a personagem com a mulher-gato, sendo que ela nem se apresenta assim, - durante o filme todo ela é uma ladra, mais logo ela foi associada por causa das orelhas -. As orelhas na ocasião, são dos óculos de visão noturna que ela usa. Infelizmente, faltou um pouco de sensualidade, porém, foi além dos padrões para Anne Hathaway - lembro dela do filme "O Diário da Princesa" -. Além de tudo, lutar com salto alto não é para qualquer uma e ela soube como se introduzir na personagem.

O filme pode ser cansativo. Se no Cavaleiro das Trevas temos ação desde seu primeiro instante, O Cavaleiro das Trevas Ressurge vai aos poucos tentando chegar nesse ritmo. Bem como o próprio Bruce Wayne, que após os acontecimentos finais do segundo filme, aparece bastante debilitado e com várias lesões, que provavelmente não foram tratadas - mesmo em seus 8 anos de reclusão -, o que nos deu um Batman completamente fora de forma.

O que torna esse filme essencial para a trilogia foi que ele faz com êxito seu papel. Encerra definitivamente a saga do homem-morcego, que finalmente pôde seguir em frente. Mesmo que não seja o grande filme que todos esperávamos, Nolan soube utilizar bem as características de um super-herói que não tem super poderes, que não foi picado por uma aranha geneticamente modificada, ou que não é alienígena.

Nessa trilogia ele mostrou que o Batman/Bruce Wayne é um ser humano como outro qualquer, que sente ódio, desejo de vingança, fica triste, tenta esconder a tristeza utilizando uma máscara - a de playboy bilionário, filantropo e empresário - e todas emoções que uma pessoa comum sente e como conseguiu superar tudo.

E não apenas do próprio protagonista, mais de todos os personagens que fizeram sua parte na trilogia, inclusive os coadjuvantes, como Gordon e o mordomo Alfred - a cena que Alfred esfrega a verdade na cara de Bruce talvez tenha sido a mais emocionante de todas -. De personagem novo, temos o detetive Blake, que durante o filme todo mostra que não precisa de um máscara para fazer a diferença.

O que torna esse filme diferente dos demais de super-herói, é que o diretor conseguiu trabalhar bem os aspectos envolvidos, sem sair do contexto original - nesse caso os quadrinhos -. As personagens foram bem trabalhadas - aplausos para o Coringa, que se tornou unânime entre os vilões -, os cenários, a história e a tecnologia.

Esse filme, mesmo que não seja um dos melhores da franquia é essencial para entendermos mais sobre o homem-morcego. Como meu irmão diz "todo fã de Batman que se preze tem que assistir, pelo menos uma vez, a série cômica dos anos 1960, a paródia Batima Feira da Fruta e a trilogia do Christopher Nolan".

O destaque do último filme fica para esses três personagens

Aliás, Christopher Nolan deixou uma deixa para quem quiser fazer uma sequência, desta vez sobre Robin. Porém, creio que seja improvável alguém conseguir criar outra trilogia com a mesma grandeza dessa, que mostra o Batman em seu melhor estilo.