segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Jogos Vorazes: livro x filme

Primeiro post fazendo uma comparação entre a adaptação e o adaptado.


Adaptações, por mais que sejam legais são sempre falhas em algum momento. Alguma parte importante não transcrita ou adições de elementos com objetivo de preencher as horas disponível para a adaptação. Por mais que uma obra seja legal, sua adaptação pode não ser. E fica difícil agradar gregos e troianos. Sempre nos pegaremos criticando alguma coisa, por mais mínima que seja.

O post pode conter spoilers. Estejam avisados.


Jogos Vorazes é uma trilogia literária de aventura e ficção escrita por Suzanne Collins. A adaptação do primeiro filme foi lançado em 23 de março de 2013, e para constar alguns números, é o 57º filme na lista das maiores bilheterias do mundo, com arrecadação de US$686.533.290, além de ter ganhado vários prêmios como três dentre oito indicações ao MTV Movie Awards, cinco das seis indicações do People's Choice Awards e sete das nove indicações do Teen Choice Awards além de outras que não estou a fim de comentar porque são muitas.

Assim como acontece com várias adaptações, é impossível não comparar o filme com sua obra original, nesse caso o livro.



"Num futuro distante, boa parte da população é controlada por um regime totalitário, que relembra esse domínio realizando um evento anual - e mortal - entre os 12 distritos sob sua tutela. Para salvar sua irmã caçula, a jovem Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) se oferece como voluntária para representar seu distrito na competição e acaba contando , com a companhia de Peeta Melark (Josh Hutcherson), desafiando não só o sistema dominante, mas também a força dos outros oponentes."

O filme é igual ao livro. Empolga pouco. Só que com uma grande diferenciação. Se no livro temos uma estória narrada em primeira pessoa, no filme temos algo mais de espectador e a todo tempo nos é mostrado que aquilo é um programa, um reality show. O filme mostra em muitas partes o bastidores da coisa, os Idealizadores dos Jogos e em como eles trabalham. 

Outro ponto positivo para o filme é a visualização de tudo. Tudo bem que muitas coisas podem ser diferentes do ponto de vista de quem leu o livro. Afinal, nossa imaginação trabalha de acordo com a descrição e as imagens também. Só que pensamos de maneira diferente, para a infelicidade e reclamação de muitos. Não achei que as representações das roupas super extravagantes fugiram à descrição presente nos filmes afinal, é um distopia e a moda está sempre em constante mudanças. E a primeira vista, o filme acertou em cheio nesse quesito.


O filme aliás, só expandiu o mundo criado por Suzanne Collins, trazendo toda a realidade na coisa toda, ou como eu ouvi dizer, transformando o livro num grande show.

As personagens em si também podem ser estranhas a um primeiro momento quando se assisti ao filme após fazer a leitura do livro. Como disse acima, nossa imaginação trabalha de acordo com a descrição do livro. Confesso dizer que estranhei muito a personagem Cinna. Não acreditei quando vi que quem o interpretaria seria o cantor Lenny Kravitz. Nada contra a pessoa, só achei que poderia ser outro alguém. Não que isso vá tirar Cinna dos meus personagens favoritos. Sim, ele é eu não comentei em nenhuma das resenhas de livro. Um grande deslize, eu sei. 


Outra personagem que gosto bastante é o Haymitch, que até assistir ao filme lia seu nome errado, pronunciando como uma brasileira, ignorando toda a regra do inglês. E ele na sua versão cinematográfica, interpretado por Woody Harrelson só tornou a coisa toda mais legal. Tudo bem que eu o imaginava mais bêbado, contudo, isso não vem ao caso no momento.

Só que nem só de flores são feitos o filme, vamos para o lado ruim da coisa.

No filme, as cenas cruéis de assassinato durante os jogos foram simplesmente acentuadas, dando-nos a entender que aquilo não é real. Uma tática para que o filme não ficasse com uma faixa etária alta? Talvez, pois estamos falando da adaptação de uma obra infanto-juvenil, ou também já caracterizado como jovens leitores, jovens adultos. Ou seria essa mais um truque para a banalização da morte?


Outra coisa que me deixou incomodada enquanto assisti ao filme foi alguns ângulos das câmeras. Parecia até que estava vendo aqueles filmes caseiros, onde a câmera balança de um lado para o outro sem o minimo cuidado, causando assim confusão em quem assistia. Isso aconteceu com bastante ênfase nas últimas cenas de luta, que poderia ter sido melhor do que o comentado acima. 

E o que eram aqueles bestantes? No livro eu visualizei seres que podiam correr em duas patas, parecido com animais e que possuíam olhos iguais aos tributos mortos. E o que eu vi foram um tipo evoluído de cachorros, se eles tinham olhos semelhantes aos dos tributos mortos, faltou foco. E sabe? Isso não fica legal para alguns fãs fervorosos. Será que estou me tornando uma? 


Outras mudanças talvez apareceram no filme sendo necessária para que os que não leram o filme o compreendesse, já que quando se faz um filme, ele precisa agradar os dois lados: os que leram e os que não leram, sendo que muitas as opiniões divergem em ambos os lados.

Contudo, mesmo com essas mudanças, a série vem conquistando fãs em todas as partes do mundo. E promete, se continuar seguindo por este caminho, se tornar um sucesso tão grande quanto Crepúsculo foi.

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