#DBZNOSCINEMAS, tão bom quanto um pouco de pudim

Dá para contar nos dedos quantos animes estrearam nos cinemas brasileiros, isso nos últimos dez anos.

Com o grande crescimento dos downloads ilegais, e consequentemente dos fansubs e sites especializados em divulgar a quem quiser baixar, a esperança por algum filme oriental, seja ele algum live-action, filme com roteiro original ou de algum anime ficou mais acessível à população. Contudo, sempre queremos mais!

Eis que nossas preces - meio que atrasadas - foram atendidas.

Finalmente, mesmo com um certo desencontro com o cinema nipônico, um anime fez sua estreia no cinemas, para alegria de todos: Dragon Ball Z - A Batalha dos Deuses.

"O novo filme da saga traz aos fiéis fãs do mangá uma grande batalha final, contra um inimigo ainda "mais poderoso que Freeza, Cell, Majin-Boo". Depois da batalha de Majin-Boo, o universo está em desequilíbrio, mantido pelas ações simultâneas do Deus da Criação e do Deus da Destruição. Se o novo filme vai trazer um inimigo ainda mais poderoso, os fãs de mangás podem ter certeza de que vão encontrar um confronto épico nas telonas."  

Via Diamond Films Brasil

Anunciada pela distribuidora Diamond Filmes, Dragon Ball Z - A Batalha dos Deuses teve sua estreia nos cinemas na última sexta-feira dia 11. Contudo, devo frisar que ele não deve se manter muito tempo nas telonas. Então, corra pro cinema mais próximo. Confira o circuito aqui.

Eu poderia ficar aqui e listar todos os motivos para que esse filme seja assistido no cinema. Porém, só o fato de que não é sempre que um anime estreia nas telonas já é motivo mais do que suficiente para qualquer fã do gênero ir assistir.

Por se tratar de um filme de DBZ, é normal que se tenha uma exibição curta. Nesse caso de 85 minutos. E não se desespere. É tempo suficiente para uma boa animação e para diversão.

A Toei Animation, responsável por todas as animações referente a DBZ fez um trabalho extremamente competente, alternando a animação clássica com computação gráfica nos momentos certos e dando aquele toque High Definition, que todas de suas obras recebem quando são adaptadas para o cinema.

Além das já conhecidas cenas de lutas, que em certos momentos me lembraram muito jogos como Dragon Ball Budokai Tenkaichi 3, o longa ainda conta com muitas cenas irônicas, sem ser forçadas e bem colocadas. Bem ao estilo das já conhecidas em Dragon Ball ou até melhores, com ênfase para a atuação de Vegeta. Impossível não rir.

O que mais me animou para assistir DBZ - além do fato de ser no cinema - foi sua dublagem, que para nossa alegria, utilizou-se dos mesmos dubladores utilizados na série original, quando o anime foi dublado pela falida Álamo. Ouvir as vozes de Alfredo Rollo como Vegeta e Luiz Antônio Lobue como Picollo foi simplesmente fantástico, ainda mais depois do fiasco da dublagem de Dragon Ball Kai, onde vários dubladores foram trocados. Como já dublaram os personagens anteriormente, suas representações aconteceram naturalmente. Tivemos até Élcio Sodré (nosso eterno Shiryu) no papel de Pilaf.

Por mais que haja aquela coisa do "onde o filme se encaixa na série original" não seja 100% correta não atrapalha. Aliás, isso acontece com todo e qualquer filme de anime existente por aí. O filme é simplesmente um spin-off da série. Ponto.

E digo novamente. Assista ao filme no cinema. Quem sabe com a alta procura as distribuidoras não lançam mais os animes nas telonas? É assim que eu penso. Ingenuidade? Talvez. E corra, pois nunca se sabe quanto tempo o anime poderá ficar nos cinemas.

E como Sandra Monte disse em seu blog, "a Toei conseguiu fazer um filme tão bom quanto um pudim fresquinho". Só assistindo Dragon Ball Z - A Batalha dos Deuzes para entender.