quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O Hobbit: Uma Jornada Inesperada


"Numa toca no chão vivia um Hobbit [..]"

O final do ano de 2011 foi marcado com uma surpresa agradável. Fora divulgado o primeiro trailer da adaptação do livro O Hobbit, de J.R.R. Tolkien para os cinemas. Nessa época, não havia nem lido os livros de O Senhor dos Anéis.

Foi um filme que fiquei animada para assistir, mesmo que isso só fosse acontecer um ano depois, em 2012.

Como está em dois marcadores de página que tenho: "antes de assistir ao filme, leia ao livro." Talvez esse seja o básico para quem vai assistir a uma adaptação. Eu fiz minha parte. Após ler a trilogia eu tinha que ler O Hobbit. E foi o que fiz. Para ver a postagem sobre o livro, fiquem a vontade  [Livro] O Hobbit de J.R.R. Tolkien


"Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) vive uma vida pacata no condado, como a maioria dos hobbits. Um dia, aparece em sua porta o mago Gandalf, o cinzento (Ian McKellen), que lhe promete uma aventura como nunca antes vista. Na companhia de vários anões, Bilbo e Gandalf iniciam sua jornada inesperada pela Terra Média. Eles têm por objetivo libertar o reino de Erebor, conquistado há tempos pelo dragão Smaug e que antes pertencia aos anões. No meio do caminho encontram elfos, trolls e, é claro, a criatura Gollum (Andy Serkis) e seu precioso anel."

Sinopse via Adoro Cinema

Fiquei super animada para assistir ao filme, por saber que Peter Jackson, o mesmo diretor da trilogia de O Senhor dos Anéis estaria por de trás dessa adaptação. Outro fator foi descobrir que as músicas presente no livro estaria no filme, como pode ser visto no primeiro trailer divulgado. Além disso, as personagens que aparecem nessa história (que se passa 60 anos antes de O Senhor dos Anéis) são interpretados pelos mesmos atores, como o mago Gandalf e o meio-elfo Enrold.


O golpe de marketing nesse filme foi fantástico. Lançar o prelúdio de O Senhor dos Anéis há exatamente  9 anos depois, podendo agora, se utilizar de toda a tecnologia disponível, inclusive ser o primeiro filme a ser filmado em 48 fps, quando o normal é somente 24 fps - infelizmente, somente alguns cinemas terá esse formato disponível -. Além também do filme ser lançado quando o livro completa 75 anos da sua primeira publicação. Da-lhe novas edições para o livro, com direito a capa com imagem do filme ou uma em capa dura - que eu quero tanto -.

Como o livro é para um público infanto-juvenil é óbvio que o filme não poderia ser sombrio, como foi O Senhor dos Anéis. Peter Jackson soube exatamente o momento certo de unir humor, a emoção de uma luta ou o sentimentalismo que uma lembrança possa causar nos personagens nas horas e doses certas. Mesmo em se tratando de um filme para crianças (faixa etária de 10 anos) ele cumpre para o que foi feito: divertir e tornar mais real uma parte da mitologia criada por Tolkien.

Este filme merece toda a atenção que vem recebido, ainda mais porque Tolkien, em vez de criar somente uma história sobre um hobbit - seres pequenos e que vivem em tocas - soube também como criar uma mitologia inteira, com o mundo - a Terra Média -, os seres viventes, e todo seu contexto, não como se fosse uma história criada, mais histórias traduzidas de um outro livro.


O fato que vem deixando muitas perguntas por parte do fandom de o Hobbit talvez se de em relação ao transformar apenas um livro em uma trilogia. Acreditem, se A Sociedade do Anel tem 434 páginas, o Hobbit tem somente 296. Antes de assistir ao filme, eu me perguntei assim como vários outros, como ele vai transformar uma pequena história numa trilogia? Fazer dois filmes tudo bem, mais uma trilogia?

A explicação para isso talvez se deve ao fato de que a história será - foi - bastante detalhada. E claro, alguns personagens e cenas inexistentes no livro foram acrescentados para talvez tornar a história mais interessante. Nesse primeiro filme temos a aparição da elfa Galadriel e do mago Saruman, que sequer aparecem nos livros. O mago Radagast, o marrom, que é somente citado no livro ganhou mais espaço na versão adaptada. E com certeza outras personagens que conhecemos bem irão aparecer nas próximas sequências. Já li várias notícias sobre a obra, contudo, não vou soltar nada além desse filme.


Para que tenham uma ideia, o livro é composto de dezenove capítulos e o primeiro filme abrangeu somente sete. Mesmo que esse filme seja quase uma adaptação fiel do livro, vai ter muita coisa inexistente na obra original - o livro -, abrindo assim oportunidades para mais coisas, contudo, seguindo o contexto criado por Tolkien. Assim como temos a tecnologia, temos um diretor que estudou a mitologia por de trás da Terra Média e claro, o ótimo trabalho de todos os envolvidos.

O destaque do filme talvez esteja em tantos personagens reunidos num único lugar, um hobbit, um mago e os 13 anões. Confesso que no livro eu sempre me perdia em saber qual era qual e mesmo assim Peter Jackson conseguiu diferenciá-los um dos outros, afinal, mesmo sendo anões cada um tem sua principal característica.

Assim como aconteceu no livro, é possível ver toda a evolução de Bilbo, mesmo em 2 horas e 49 minutos. - sim, o filme é muito longo -. Talvez a parte mais aguardada pelos fãs foi a cena do jogo de adivinhas, onde temos um primeiro contato com Gollum e talvez uma das partes mais divertidas do filme todo. É nesse momento que mostra como Bilbo conseguiu o "precioso", o um anel que ficamos sabendo só na continuação ser de Sauron, o Senhor do Escuro.


A trilha sonora não fica atrás. Além das músicas cantadas - as que aparecem no livro - temos toda a soundtrack, inclusive com direito à algumas músicas de O Senhor dos Anéis. Para que isso fosse possível era necessário músicas de Howard Shore, - o CD é quase inteiro com músicas dele -. Acreditem, eu fui atrás da soundtrack e a consegui. Aliás, vale a pena para quem gosta de ótimas soundtrack.

Mesmo com toda essa duração o filme sequer ficou chato. Como disse anteriormente, Peter Jackson soube onde utilizar o humor e outras artimanhas para que a adaptação não caísse na chatice.

Se os outros filmes seguirem a mesma linha que esse, com certeza teremos outra boa trilogia pela frente. O problema é que teremos que esperar um ano até sua continuação. A segunda parte, chamada de Desolação de Smaug, está previsto para 13 de dezembro de 2013 e a última parte Lá e De Volta Outra Vez, previsto para 18 de julho de 2014.

Veja o trailer legendado de O Hobbit Uma Jornada Inesperada.

Bom filme para quem pretende assistir. Caso já tenha assistido, fale o que achou do filme nos comentários.

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4 comentários:

  1. Saudações

    Recordo-me de ter lido resenhas não muito sadias à respeito deste filme. Muito embora a maioria dos textos que li julgam o filme melhor do que o livro, sempre paira uma pequena dúvida no ar e fiquemos à pensar um tanto sobre várias coisas...

    Não sou um exemplo de amante da arte do cinema à ser seguido, mas se for julgar unicamente a sua resenha, Naty, irei constatar que "O Hobbit" deve ser mesmo uma grande adaptação para as telonas. Muito embora a duração dele me parece ser um pouco "desgastante".XD

    Ótimo texto, Naty.^^


    Até mais!

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  2. Oie.... e aqui estou novamente....

    adorei a resenha foi bem imparcial no julgamento. eu assisti o filme na companhia do Pedro Youkai (grande leitor e nerd absoluto) e da nossa amiga Leticia e nós tres ficamos entusiasmados com o filme inteiro - hora que eu até gritei o nome da terra dos elfos na sua primeira apariçao nesse filme!

    Parabens pelo post... e só tenho uma frase pra finalizar tudo isso:

    "Acho que o pior já passou"

    Beijos!

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  3. o filme foi mais lindo do que eu imaginava, serio adorei a adaptação ;u; até tem umas cenas "extras" que eu vim saber depoi que não são invenção do diretor, mas existem nos outros livros do Tolkien que eu ainda não li o-o preciso ler toda a obra dele ♥

    http://himi-tsu.blogspot.com.br/

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  4. Oi,

    Apareci viu?

    Gostei bastante do filme.

    Como já tinha dito antes, tenho uma teoria estranha sobre a maneira como Peter Jackson filme a obra de Tolkien.

    Para mim ele filma Tolkien como os grandes diretores de épicos do passado filmavam épicos bíblicos.

    Há algo de DeMille (Os Dez Mandamentos), Willian Wyler (Ben-Hur) ou mesmo Anthony Mann (El Cid) nos épicos de Jackson. Há esta grande eloquência, esta beleza Maneirista das imagens, estes personagens destinados à grandeza e a superar os desafios com coragem e sacrifício.

    Podemos perceber também a "reverência" e a busca de uma transcendência pela beleza e catarse das imagens e da ação.

    Peter Jackson trouxe de volta épico cinematográfico clássico.

    Por favor, deem uma olhada na minha página no Deviantart.

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