Livre estou, livre estou...
comentando o filme depois de 10 meses de sua estreia nacional
O 53º filme animado produzido pelo Estúdio Walt Disney, teve sua estreia no dia 03 de janeiro de 2014 por aqui - sendo que sua estreia americana aconteceu em novembro de 2013. E nesse último fim de semana, a animação estreou no canal a pago Telecine.
Inspirado pelo conto de fadas The Snown Queen, de Hans Christian Andersen, a história narra as avenutras de Anna, uma princesa destemida que sai em busca de uma jornada épica com um homem da montanha, sua rena de estimação e um boneco de neve que sonha em experimentar o verão, para encontrar sua irmã Elsa, cujo poderes congelantes inadvertidamente transformaram o reino onde vivo em um inverno intenso.
A animação foi um estrondoso sucesso e sua conquista das estatuetas como Oscar de Melhor Animação e Melhor Canção Original (Let it Go) contribuíram para todo o estardalhaço que o filme causou. Após tanto falatório em redes sociais e fora dela, e sua inevitável fanatismo fez algumas pessoas (incluindo eu) a ter certo preconceito justamente pelo filme ter sido "moda".
Frozen, mesmo sendo mais uma história de princesas nos moldes musicais criado pela Disney, conseguiu ser diferente e talvez até inovadora nesse sentindo (sem esquecermos de Mulan). O que a animação fez foi dar uma guinada no gênero conto de fadas, fugindo dos clichês óbvios para esse tipo de história. Para começar, sua ambientação, embora não divulgada abertamente é inspirado em algum lugar da Noruega. Aliás, existe na própria Noruega, uma cidade na costa sul chamada Arendal - e convenhamos, a inspiração está lá e ela existe.
Outra coisa - a mais impactante - foi a questão do "amor verdadeiro". Ao invés da mocinha (a princesa) ficar com seu príncipe encantado, a coisa no filme acontece bem diferente. Seu significado vai além do amor entre um casal, ou amor a primeira vista como acontece nesse tipo de história - tanto que Elsa proibi o casamento de Anna com o príncipe Hans justamente por terem se conhecido no mesmo dia -, mas sim no amor verdadeiro entre irmãs, aquele amor que transpõe toda as rinchas com aquela pessoa de sangue. Houve, inclusive, pessoas que viram tal tipo de amor como sendo homossexual. Claro, o amor do primeiro amor também existe, muito embora só é percebida no final do filme não sendo o foco principal da história.
Nesta animação, a Disney deixou bastante clara a participação feminina - que antes era deixada de lado para que os príncipes fizessem sua parte (não se esquecendo novamente de Mulan) -. Esse tipo de percepção, aliás, vem sendo amplamente explorada em diversos outros filmes que eu não estou me lembrando no momento.
Sua parte musical (comentei que era musical no começo do texto?) é típica para esse tipo de filme, ora com músicas interpretada pelo elenco, ora solo ou em algum dueto, onde todo o destaque fica com a canção-tema Let it Go (Lerigo), escrita por Kristen Anderson Lopez e Robert Lopez, que trabalharam anteriormente em outras músicas-tema de animações Disney, e interpretada pela dubladora da Elsa, Indina Menzel. Let it Go possui, assim como todas as outras músicas da animação seu significado, representando a liberdade da personagem após anos de restrição. A música fez tanto sucesso, que existe diversas versões dela, desde com a cantora Demi Lovato até em outras línguas, como a coreana e a japonesa - inclusive em versão rock.
Eu recomendo assistir a versão em 25 linguagens: Frozen - Let It Go" in 25 languages |
Consequentemente, a música ajudou bastante para a popularidade que o filme todo alcançou. As outras músicas tem lá sua importância, mas não chega a ser tão impactante quanto Let it Go, a não ser "Você quer Brincar na Neve".
Frozen - Uma aventura Congelante é aquele filme que mostra toda a força que os Estúdios Disney têm. É um filme que deve ser assistido, curtido, cantado, deixando todo e qualquer preconceito de lado - especialmente se for modinha, afinal, se virou um é porque é bom não é? Lógico, a questão do fanatismo exagerado de "frozen" que vi por aí também contribuiu para o pequeno afastamento que tive do filme e fiquei contente em saber que a poeira baixou e que posso curti-lo sem nenhum problema.
"Não me importa o que vão falar / Tempestade vem / O frio não vai mesmo me incomodar"
Essa questão do papel feminino nos contos de fadas Disney foi muito alardeado, mas achei bem decepcionante. Além de ter achado certas coisas bem bobas, como o isolamento logo no início. Foi bem óbvio que daria tudo errado logo de cara. Durante o filme elas acabam dependendo muito dos homens de qualquer forma, com o final tentando de forma atrapalhada me convencer do contrário... Precisaria rever o filme pra entrar em detalhes.
ResponderExcluirProvavelmente esperava mais exatamente pelo contato com os animes. Nausicaä, Mononoke, Chihiro e Arete Hime, pra citar alguns exemplos, estão anos luz a frente na questão do empoderamento feminino. Até entendo que o fato da conservadora Disney dar alguns passos é interessante, mas assim como o "beijo gay" da Globo foi pouco para a época que vivemos.
As 2 músicas que citou são grudentas, e a animação é linda também.
De toda forma foi bom ler a resenha, espero que não leve a mal o tom ríspido :P Provavelmente vou assistir novamente para ver se me enganei quanto as críticas. Até mais :)
Já assisti Frozen e sei cantar várias músicas do filme, mas acho que ele não merece o sucesso que fez.
ResponderExcluirAchei ridículo a Disney tentar ridicularizar suas próprias princesas ao levantar a questão do "casar sem se conhecer", sendo que - se formos analisar - Anna é a única boba o suficiente pra fazer isso, uma vez que as demais princesas sempre estavam prometidas (prática existente até os dias de hoje), sabiam que existia alguém que as procurava ou não foi mencionado quanto tempo se passou até a realização do casamento.
Além disso, esse ponto já havia sido abordado de forma verdadeiramente cômica em Encantada, que é quase uma paródia (nem sei se deveria ter utilizado 'quase'). Foi apenas uma tentativa frustrada de mostrar algum girl power... Particularmente, acho que a Rapunzel está muito acima de Anna e Elsa.
Tem também aqueles trolls super mal explicados e várias outras perguntas para as quais eu gostaria de ter resposta...
Fora isso, o filme é previsível além do aceitável. Quando falaram do amor verdadeiro, já sabia que seria pela irmã (outra coisa que não é novidade, pois já havia sido trabalhado em Lilo & Stitch, se não estou enganada).
Engraçado que eu não odeio Frozen... Se alguém estiver assistindo, me sento do lado do ser, assisto e canto, mas não é tão bom nem tem tanto encanto O Rei Leão e várias outras obras da Disney.
E sobre seus últimos parágrafos: gente, tenho amigos que ODEIAM esse filme com todas as forças por não ser tão bom e ter virado modinha mesmo assim, haha. É até engraçado de ver.
Enfim, mais uma vez, assistirei LerigoOoOoO em 25 línguas, porque foi uma das melhores coisas que saíram desta obra. /o/
~Nankin Dust
ps: comentário livro lol
Eu ainda procuro alguma mulher que tenha visto a real mensagem do filme, que não é sobre liberdade, e sim responsabilidade sobre seus ATOS!
ResponderExcluirNão tinha pensado nisso. Obrigada! ^^
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