quinta-feira, 16 de março de 2017

Resenha Parceira: Conan, O Bárbaro


Conan, O Bárbaro - Robert E. Howard - 2011 - 384 páginas - Generale

Pela primeira vez, o público brasileiro terá a oportunidade de apreciar o único romance escrito por Robert E. Howard, criador do personagem Conan, o bárbaro. Neste livro, também são publicados três contos inéditos: "Além do Rio Negro", "As negras noites de Zamboula" e os "Profetas do Círculo Negro".
O leitor se deliciará com narrativas épicas, repletas de reviravoltas e de personagens complexos, guerreiros, batalhas espetaculares, piratas, monstros saídos dos golfos da noite, belas mulheres e feiticeiros, que irão hipnotizá-lo do início ao fim do livro.
Conheça as histórias que inspiraram gerações de leitores, escritores e roteiristas, e que também serviram de base para o filme Conan, o nárbaro.
Leitura obrigatória para apreciadores de literatura fantástica e do gênero espada e feitiçaria.

Quando você se pega gostando de histórias de bárbaros, mas não qualquer um


O bom de ler algo que você não espera nada é que você vai se surpreender com a leitura. Como boa leiga que sou, achei que os roteiros dos filmes do Conan tinham sido transportadas do livro para a tela, como o estreladp por Arnold Schwazenegger ou pelo Jason Momoa (filme que aliás, ilustra a capa do livro). Só que não. Por mais que o personagem seja o mesmo (e os atores diferentes), os romances e contos nada tem a ver com os filmes, sendo histórias totalmente diferentes.


Robert E. Howard foi um autor importante para a literatura mundial em si, já que ele foi o percursor do gênero espada e magia, influenciando posteriormente autores como J.R.R. Tolkien e George R.R. Martin, com características próprias para esse gênero, como a introdução do leitor a uma era criada totalmente para a história (como a era Hiboriana de Conan, a Terra Média de Tolkien e Westeros do tio Martin), reinventando um gênero já existente, o das histórias de espada e capa (como em Os Três Mosqueteiros, também publicado pela Generale e pelo qual a resenha pode ser conferida aqui).

O romance "A Hora do Dragão" e os três contos (estes inéditos até 2012, ano de publicação do livro): "Além do Rio Negro", "As negras noites de Zamboula" e "Os Profetas do Círculo Negro" narram diferentes passagens de Conan, o bárbaro. "A Hora do Dragão" é o único romance que Howard fez com o personagem - onde ele própria dizia ser ameaço por Conan a escrever mais histórias -, sem nos contar a origem do personagem, uma vez que aqui o próprio Conan já é Rei de Aquilônia. Os outros três contos servem para narrar ou uma fase anterior a isso ou posterior - "Além do Rio Negro" com certeza passa-se antes.

Conan é aquele tipo de personagem que não ficou somente restrito a uma mídia, isto é, o livro. Além dos dois filmes (com uma possível volta de Schwazzenegger ao papel), Conan teve bastante da sua história explorada nos quadrinhos, inclusive sua ascensão ao trono de Aquilônia, e a própria origem, tendo como desenhista principal e mais conhecido o Joe Quesada.

Apesar de um bárbaro, Conan é extremamente inteligente, e todos os seus feitios sustentam a personagem. Aliás, Conan é aquele tipo de personagem que se sustenta sozinho, como que seus atos não tivessem sido escritos por Howard e sim transcritos - como eu disse acima, Howard era meio louco e ele só escrevia porque dizia que o próprio Conan ficava atrás dele obrigando-o a fazer isso.

Sem muita importância, mas que eu preciso comentar aqui é que na época do lançamento do primeiro filme do bárbaro, a Mattel acabou criando um outro personagem, do qual todos conhecemos pelo nome de He-Man, numa tentativa de abrandar a natureza barbara de Conan.

O trabalho que a Generale realizou nesta obra está de parabéns. Além do único romance do personagem, ainda conseguiu reunir três contos inéditos, com poucos erros de revisão e um prefácio "à edição brasileira" de Roy Thomas (ex-editor da Marvel, escritor e quadrinista norte-americano que adaptou as histórias de Conan para os quadrinhos). O único "problema" que venho ressaltar da edição brasileira é o padrão Generale, do qual você lê 384 páginas (se contarmos a apresentação da edição brasileira escrita pelo tradutor e também autor Alexandre Callari e o prefácio), quando na verdade você tem a sensação de ter lido bem umas 500 - justificado pelo tamanho da fonte, que dependendo do ambiente, causa canseira em quem lê.

Além de Conan, o Bárbaro, Robert E. Howard também escreveu alguns contos faroestes, sendo também pelo responsável pelo personagem Solomon Kane, que a Generale trouxe para o Brasil em uma coletânea com todos os contos dos quais eu pretendo ler em breve.

O livro Conan, o Bárbaro foi cedido em parceria com a editora Generale para resenha. 

Caso queira adquirir, aproveite e compre-o diretamente pelo site da Generale clicando AQUI.

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2 comentários:

  1. Nunc ali nenhuma obra do Conan nem vi os filmes, acredita? xD O mais perto que cheguei foi o He-Man mesmo :v
    Mas depois da sua resenha deu uma curiosidade.
    Beijos de glitter!
    Sussurro do Ar

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Acredito. O livro também foi o meu primeiro contato com Conan. Eu assisti ao filme do Momoa, e não curti muito o roteiro, já que a caracterização do personagem ficou muito bom. Tem esse filme na locadora vermelha (foi por lá que eu assisti).
      Até

      Excluir

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