Primeira Impressão do mangá brasileiro de 20th Century Boys

Olá!!

Voltando para mais um Primeira Impressão, dessa vez para falar de 20th Century Boys, de Naoki Urasawa, outro mangá que eu adquiri no 19ª Fest Comix, que aconteceu nos dias 19, 20 e 21 de outubro em São Paulo.

O curioso é que eu comprei esse mangá - não porque eu havia lido sobre ele em uma das edições da revista Neo Tokyo, nem lembrava desse fato -, contudo por causa da pequena sinopse presente na contra capa do mesmo.

"A humanidade não teria superado o desastre do final do século 20 se não fosse por 'eles'. Em 1969, quando ainda era crianças, 'eles' criaram um símbolo. Em 1997, quando a crise se aproximava lentamente, o símbolo ressurgiu. Esta é a história de como um grupo de garotos comuns salvou o mundo."

Foi essa pequena sinopse que me fez comprar o mangá, que na situação estava com desconto.

Comentei acima que já havia lido sobre o mangá na revista Neo Tokyo (revista brasileira focada em animação japonesa), e incrivelmente só foi lembrar dela quando estava lendo o mangá, agora a pouco. A matéria em questão, trata de uma análise do mangá como um todo, e o porque de receber vários prêmios. Ela pode ser encontrada na edição 17 da revista.

A arte não é das melhores e não impressiona nem chama a atenção como nos mangás atuais. Contudo, a história faz a arte se tornar obsoleta, devido a sua profundidade, que já pode ser vista nesse primeiro volume. Amizade, mistério, assassinato e uma seita religiosa são os fatores que serão explorados nesse mangá. E pelo jeito, serão muito bem explorados.

Além da história que irá se desenrolar, ora mostrando os acontecimentos de 1969, ora os de 1997 (onde a historia atual se passa), há várias citações que se faz presente, sendo estas quando aconteceram, como por exemplo, sobre a primeira vez que o homem pisou na lua ou o festival de rock de Woodstock. Além disso, citações de várias músicas também são encontradas no mangá, inclusive a que o autor se inspirou para o nome do mangá, a música 20th Century Boy, da banda T-Rex. Ouça a música via youtube.

O mangá teve seu lançamento em setembro de 2012 e são ao todo 22 volumes pelo preço de R$10,90. De acordo com a checklist presente no próprio volume, sua periodicidade é bimestral. Porém, não canso de repetir que em se tratando da Panini, todo cuidado é pouco. Provavelmente o segundo volume seja lançado agora no final de novembro (geralmente é quando os mangás da editora são lançados). 

Assim como se faz presente em vários mangás da Panini Comics, o mangá conta com um glossário enriquecido. Vários dos termos utilizados são devidamente explicado, como os sufixos -san, -chan além de informações a cerca do que é citado na história, o que torna a leitura algo compreensível para todos, inclusive para novos leitores de mangás.

O problema encontrado nessa edição talvez se dê ao fato de não haver uma classificação indicativa. Todo cuidado é pouco, para que nenhuma criança leia ou assista algo fora de sua classificação, como aconteceu durante as exibições do filme Ted. Para ler sobre isso, acesse Ted. Por que proibir? Filme foi feito para distrair.

Em outros mangás da Panini a classificação é fácil de ser encontrada, porém, ela é inexistente nesse primeiro volume de 20th Century Boys. Só digo que não é indicado para crianças, devido ao seu contexto psicológico. Creio que seja classificado para maiores de 16 anos (+16).

Esse mangá com certeza será um que irei acompanhar, ainda mais agora que D.Gray-man vá entrar em hiatus, pois atingiu a história no Japão.

Já leu o primeiro volume de 20th Century Boys? Conte aqui o que achou.