quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Arlequina 1: Uma Estranha no Ninho (Os Novos 52)



Edição. Sensacional!


Diferente do que acontece nas edições 1 das revistas em quadrinhos - onde vemos a origem da personagem -, em Arlequina (Panini/abril de 2015) não temos isso, afinal, todo mundo (ou ao menos as pessoas com o mínimo de conhecimento no bat-mundo) sabe quem é a companheira psicótica do Coringa (e que possivelmente será o destaque no filme do Esquadrão Suicida em 2016).

Fazendo parte do reboot da DC Comics, que aconteceu em 2011, conhecido como Os Novos 52, esta é a segunda vez que a palhacinha maluca ganha uma edição solo - a primeira (de acordo com algumas pesquisas foi a Arlequina (Harley Quinn - Preludes and Knock Knock Jokes), que vai ser a #42 edição da Coleção Eaglemoss de graphic novel da DC Comics (que sai agora em outubro). O encadernado Arlequina 1: Uma Estranha no Ninho foi lançada por aqui em abril de 2015, e inclui as revistas Harley Quinn 0 - 8, lançadas originalmente de janeiro à agosto de 2014.


A edição Harley Quinn #0: Doidinha Exigente é uma introdução muito bacana, pois se mostra como uma entrevista de emprego, aonde Arlequina (a empregadora), está a procura de um desenhista que 1. possa cumprir os prazos; 2. consiga desenhá-la de forma sexy, mas não vulgar; 3. tenha uma arte que a agrade. São vários desenhistas e cada qual com sua arte que interagem com a protagonista numa divertida edição de metalinguagem, aonde Arlequina (e consequentemente nós leitores) se vê nas mais variadas situações nonsense, como por exemplo assaltar os roteiristas no cassamento deles.

A história em si começa à partir da Harley Quinn #1: Um dia a casa cai, quando Arlequina recebe de herança um edifício de quatro andares em Coney Island, Nova York, de um ex-paciente do Asilo Arkham. Ela se muda para o local e para mantê-lo (IPTU atrasado, seguro e manutenção do imóvel) que os aluguéis não cobrem, Arlequina precisa e acaba arranjando dois empregos: um como psicóloga num asilo de velhos e outro como patinadora de roller derby, enquanto descobre que sua cabeça foi colocada a prêmio e que há caçadores de recompensas atrás dela. Claro que para alguém com o perfil doentio, ela tira isso de letra, com o absurdo das situações, trazendo divertimento ao leitor, inclusive quando sabemos quem foi o responsável pela recompensa.


Sua narrativa brinca bastante com a "zueira never ends" onde o leitor não pode cobrar realismo nem seriedade na obra. E ao que tudo indica (na Harley Quinn #04: Velhos para Chuchu) sua cronologia pode muito bem se passar em algum momento após sua participação no Esquadrão Suicida, que pode até ser comprovado quando um de seus pacientes no asilo, o Sy Borgman diz saber tudo sobre ela (sobre dela ter mandado o pessoal do alto escalão terem reescrito seu currículo e terem inclusive, apagado sua passagem pelo Arkham). Claro que isso é somente uma especulação de alguém que sequer leu O Esquadrão Suicida.

Há inclusive, algumas referências à outras publicações da DC Comics e inclusive à própria editora, como quando a própria sai de seu alter ego de doutora psicóloga para Arlequina em um quadro em que faz alusão ao Superman ou quando ela joga um saco de cocô de cachorro contra a redação de uma revista que está planejando o relançamentos de todos os títulos intitulado "polvos 52". É, Arlequina é zueira sem limites (seria ela o Deadpool da DC?).


É uma pena que, ao terminar o encadernado na Harley Quinn #08: Chuva de Canivete acabamos não tendo o mesmo sorriso que nos acompanha durante toda a leitura. Isto acontece porque o encadernado acabar justamente quando temos um "mistério a ser resolvido", que ao mesmo tempo nos promete que haverá outros encadernados, também nos desanimada por causa da "periodicidade eventual", sendo incerto de quando será seu próximo lançamento - uma vez que o quadrinho ainda está em publicação nos EUA.

Além desta HQ, a Panini Comics já publicou outras duas curtas histórias protagonizada pela palhacinha maluca, sendo eles: Arlequina Invade a Comic Con (lançada durante a Comic Con Experience e posteriormente nas bancas) e Arlequina: Dia dos Namorados (que chegou nas bancas em julho ao invés de ser lançada em junho).

Arlequina 1: Uma Estranha no Ninho - 2015 - Amanda Conner, Jimmy Palmiotti e Chad Hardin (e diversos outros grandes artistas) - 188 páginas - em andamento/periodicidade eventual - Panini Comics - R$23,90

Arlequina está pronta para começar uma nova vida em uma nova cidade, mas, antes de qualquer coisa, ela precisa de um emprego! E quando a sociopata predileta de Gotham fica sabendo que herdou uma propriedade em um dos locais mais insanos dos EUA, ela se sente livre para buscar um trabalho sem stress e que realmente ame... como patinadora de roller derby! Agora para ser feliz para sempre só resta à Harleen Quinzel se livrar dos caçadores de recompensa, dos mafiosos, dos espiões, dos assassinos.


O fim. Por enquanto! 

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4 comentários:

  1. Esta é uma comic que eu gostaria muito de ler. Adoro a Harley. <3 Mas sinto falta de mais comics tendo a Ivy como protagonista. :'(

    Bjs!

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  2. Nunca conferi nenhum HQ com a Arlequina. Estou devendo mesmo, pois a acho bem interessante. As participações dela em Batman são sempre boas.

    Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista de setembro. Serão dois vencedores.

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  3. Aquele momento no qual você grita de si para consigo: "Eu tenho essa HQ! Eu tenho! Eu tenho!" Se não tivesse ia te acusar de incentivar meu consumismo literário! O que aliás, vc faz, sim comprei "Pequena Gotham" por sua causa kkkk... Ainda não li "Arlequina", estou guardando para um momento que eu queira ficar bem zem porque da capa a resenha, primeira que li foi essa aqui, esse HQ parece ser ótimo.

    Adorei sua resenha Nathy, você só trás boas dicas! #MuitoAmor

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  4. A Harley Quinn é uma das minhas malucas preferidas <3
    Achei legal a indicação das HQ's <3
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