Jogos Vorazes: A Esperança - O Final

"- Está aberta a septuagésima sexta edição dos Jogos Vorazes!"

Se o filme Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1 começa de onde Em Chamas acabou, A Esperança: O Final literalmente emenda no seu antecessor. Então, se puder, assista-o antes, para não ficar meio perdido depois da espera de 1 ano. Fica a dica. E não, Jogos Vorazes não é o filme mais aguardado do ano, esse vai estrear dia 17 de dezembro.

A luta dos rebeldes liderados pela presidente Coin contra a Capital, liderados pelo presidente Snow continua. Só que, desta vez, ao invés de Katniss e Peeta estarem em lados opostos, agora eles estão do mesmo lado, mesmo que isso não signifique que eles sejam aliados. Afinal de contas, a estratégia do presidente Snow deu certo, ou quase.

Se até o filme anterior vimos Katniss como marionete, parece que agora ela finalmente acordou e pretende acabar logo com a guerra, mesmo que ela mesma tenha que fazer isso. É interessante ver o amadurecimento da personagem, que apesar de ser uma vítima do sistema - como a maioria -, ela não deseja que civis inocentes sejam envolvidos, muito embora isso acabe acontecendo uma hora ou outra em uma guerra. O mais legal de tudo isso é o fato dela ao ser de ser manipulada, manipular (embora com bastante restrições).

Na prática, esse filme segue a ideia básica dos outros filmes: mais uma edição dos temíveis Jogos Vorazes (e o Finnick ainda faz questão de nos lembrar isso), só que dessa vez, a arena é a própria Capital e muito mais do que sobreviver, o futuro de toda Panem é quem está em jogo (afinal, outros aderiram a ideia). Assim como no livro, o filme consegue retratar toda a obscuridade que a guerra traz - e ainda por cima com direito à tudo que um bom filme de terror tem, sustos, lugares escuros e bestantes. Não pera. Além de ser curioso ver que cada franquia/série tem seu equivalente para zumbis e afins e sim, eu tomei um baita susto em determinada parte do filme.

Jogos Vorazes: A Esperança - O Final é exatamente o que seu título representa. O final para uma história que teve início no septuagésimo quarto Jogos Vorazes, e apesar do clima mórbido que fica contido no final, eu gostei. Claro, algumas mudanças sutis foram feitas aqui e ali, mas nada forçado e eu senti (apesar de me lembrar pouco), o mesmo sentimento que senti ao ler A Esperança, o sentimento de que a vida continua, apesar das adversidades e dos desafios e que de alguma maneira, nós podemos superar isso.

Jogos Vorazes como um todo é uma ótima série, tanto pela sua temática (que consegue seguir os mesmos passos de 1984, mas sendo único em sua execução), além da tão já mencionada (e eu não canso de fazê-lo) crítica social presente, onde somos A Capital e não o contrário, pois nos importamos de assistir reality shows (não perco um Master Chef Jr.), a importância com a nossa aparência, o poder que a publicidade exerce sobre nossas ações e quem sabe mais (quem souber algo à mais fique a vontade para falar nos comentários). 

Claro, chegar aqui não foi fácil. Foram três livros e quatro filmes. Diferente do segundo em diante, o primeiro empolga pouco, por isso agradeço à troca de diretores, fez total diferença. Assim como os livros sofrem da Síndrome da Sequência, os filmes não podiam ficar de fora. A não ser pelo porém, precisava dividir o último filme em duas partes? Isso cansa. E sim, um complementa o outro. Enquanto os livros são narrados em primeira pessoa (o mundo através de Katniss), os filmes são em terceira pessoa, dando-nos assim uma nova perspectiva de uma mesma história. Enfim, motivos para que a saga seja boa e valha a pena não faltam (só falta uma mente aberta para aceitá-la).

"Nada pode prepará-lo para o fim!"