Star Wars Legends: Kenobi

Star Wars: Kenobi - John Jackson Miller - 528 páginas - 2015 - Aleph

A República foi destruída. E agora a galáxia é governada pelos terríveis Sith. Obi-Wan Kenobi, o grande Cavaleiro Jedi, perdeu tudo... ...menos a esperança.
Após os terríveis acontecimentos que deram fim à República, coube ao grande mestre Jedi Obi-Wan Kenobi a missão de proteger aquele que pode ser a última esperança da resistência ao Império.
Vivendo entre fazendeiros no remoto e desértico planeta Tatooine, nos confins da galáxia, o que Obi-Wan deseja é manter-se no completo anonimato e, para isso, evita o contato com os moradores do local, esquivando-se de qualquer pergunta a respeito de sua vida. No entanto, todos esses esforços podem ser em vão quando o "Ben maluco", como o cavaleiro passa a ser conhecido, se vê envolvido na luta pela sobrevivência dos habitantes de um oásis esquecido no meio do deserto e em seu conflito contra o perigoso Povo da Areia.
Kenobi, romance de John Jackson Miller, preenche algumas das lacunas de um dos mais fascinantes personagens da história da cultura pop, peça-chave da saga Star Wars.

Aquecendo para o Episódio VII

Kenobi foi o segundo livro lançado pela Editora Aleph e assim como qualquer obra publicada lá fora  referente a Star Wars antes de abril de 2014, esta obra deixou de fazer parte do Universo Expandido para fazer parte do Legends. Ou seja, tudo o que aconteceu aqui não faz mais parte do cânone oficial, o que é uma pena, pois é uma obra e tanto! E nem por isso ele deve ser desmerecida, muito pelo contrário.

Kenobi se passa logo após as últimas cenas de Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith - ou talvez até um pouco antes -, e nos traz Obi-Wan Kenobi, que à partir daqui passa a ser conhecido como Ben Kenobi, não mais um Jedi, mas sim um eremita, ou pelo menos esse era seu objetivo inicial. Com a missão de proteger Luke Skywalker, que ainda é um bebê e a última esperança da galáxia contra o Império, Ben se vê bem no meio de um complicado conflito entre uma milícia local de fazendeiros contra o perigoso Povo da Areia. E é aí que seus instintos de Jedi acabam falando mais alto.

O livro é um tanto ausente de ação, mas de longe consegue ser cansativo. Isso acontece porque John Jackson Miller nos apresenta uma narrativa que somente num cenário como o planeta desértico de Tatooine poderia proporcionar. Como rotina para qualquer obra de Star Wars, a narrativa se alterna entre o ponto de vista dos habitantes de um oásis que estão em conflito com o Povo da Areia, Ben, que é o protagonista dessa história e que deseja manter-se no anonimato; e o próprio Povo da Areia, dando mais riqueza à narrativa como um todo, afinal, o que conhecemos do Povo da Areia além do que nos foi mostrado nos filmes?

Aliás, o autor soube exatamente como usar o vasto universo criado por George Lucas, especialmente das especieis alienígenas que compõem todo o universo, tornando-se um tanto problemático no decorrer da leitura, mas que pode ser facilmente contornado com uma rápida visita ao Google Imagens.

O enrendo é divido em quatro partes, e cada qual tem seu papel na história: a introdução, que nos apresenta os problemas; seu desenvolvimento através de revelações importantes, bem como as surpresas e sua conclusão (que consegue ser surpreender o leitor a cada frase lida), que consegue fechar com cada personagem abordado na história sem deixar pontas soltas...

Kenobi é aquele livro que todo fã de Star Wars tem que ler e ainda mais se você for fã do Mestre Jedi Obi-Wan Kenobi. O livro serve para preencher algumas lacunas de um dos personagens mais fascinantes de Star Wars (que curiosamente está presente nos seis filmes da série), além de nos explicar de onde Obi-Wan ganhou o apelido de "Ben Maluco", sendo esta uma história com começo, meio e fim... ou o começo de uma nova esperança.

Que a força esteja com vocês!

Esse post faz parte do I Dare You - Desafio Literário 2015, que possui 12 temas literários para os 12 meses do ano, baseados em datas comemorativas. Como tivemos em março o tema para as mulheres, em julho só valia ler livros com personagens masculinos.