Que te viu, quem te vê
Escrito por alguém que desconhe(cia) as HQS originais
Dizem que o Dia do Orgulho Nerd e o Dia da Tolha é comemorado no dia 25 de maio. Que maio é o mês do nerd. Bom, eu discordo. Ao menos em 2015 o mês nerd foi em abril. Tivemos Os Vingadores: A Era de Ultron nos cinemas, encerrando a tal Fase 2 da Marvel. Tivemos o trailer (vazado) de Batman vs Superman, que não animou tanto quanto deveria. Teve o segundo e melhor trailer de Star Wars: O Despertar da Força até o momento e para finalizar (ou iniciando o mês), tivemos a estreia de Demolidor na NetF(e)lix.
Advogado durante o dia, Matt Murdock usa seus sentidos aguçados que adquiriu após ter ficado cego quando era criança para combater o crime nas ruas de Hell's Kicthen, bairro onde cresceu em NY.
Por que eu decidi assistir a série
Ok, séries de super-heróis existem de montão (no momento) e pelo que ouvi falar em alguns podcasts da vida, esse número só vai aumentar. Para nossa alegria! ou não. E deixe os mimimis com os fanboys de lado, porque este é o momento, então temos que aproveitá-lo. Haja coração (e em alguns dos casos, dinheiro).
O legal de desconhecer as HQs originais (ao menos até o momento que o rascunho desse texto foi elaborado), tal como Demolidor: O Homem Sem Medo de Frank Miller, é que eu não vou fazer nenhum tipo de comparação. E sim, o seriado foi ótimo, tanto que me fez querer conhecer mais sobre este personagem cego que não teve a melhor das suas adaptações para o cinema, e que convenhamos, filminho chato aquele com o Ben Affleck.
A série é recomendado tanto para leigos como para os fãs antigos (que não ficaram de mimimi). Para começar, ela traz a origem do personagem - como ele ficou cego, porque resolveu fazer o que faz -, sem ser chato e/ou massante. Em sua origem, optou-se pelo uso de flashbacks, que foram usados em momento certos, sem nos deixar saturados e enfezados com a situação (como uma certa série de conto de fadas que tinha tudo para ser boa, mas conseguiu se tornar cansativa, mudem a fórmula).
As personagens que constroem a série, já que Mattew Murdock não a carrega sozinha nas costas possuem uma grande profundidade. Foggy e Karen servem bastante para que Matt consiga ficar com a consciência sã. Já ouvi e já li aliás (comprei O Diabo da Guarda na falta de A Queda de Murdock) que a própria Karen se torna muito mais do que uma simples secretária, com um certo interesse amoroso (que, nota-se durante a série), além de ter certos problemas alcoólicos. Foggy é o melhor amigo de Matt e a pessoa que menos o conheço. Até Ben Urich tem lá sua importância aqui.
Para que uma série seja boa, é necessário não um bom herói, mas um ótimo vilão, pois um não vive sem o outro. Wilson Fisk (provável Rei do Crime) é talvez a personagem que mais cresceu durante os episódios. Ele aparece inicialmente como um bundão, um líder sem capacidade de liderança. Aliás, eu li por aí e tem até sentindo, que na verdade os vemos assim justamente por ver o personagem através de Vanessa, e que, conforme ela vai conhecendo o quão poderoso (e perigoso) ele é, mais conseguimos ver do que ele é capaz, sendo ele protagonista de uma das cenas mais violentas da série. E vilões que são capazes de amar são outra coisa.
Se Game of Thrones é um seriado violento por ser da HBO (e também por ser naturalmente assim), Demolidor por ser considerado o GoT da NetFlix (ao menos que eu tenho conhecimento), especialmente em se tratando de uma produção Marvel (Demolidor é para maiores de 18). O episódio 5 "Em Chamas", em questão, possui uma cena altamente violenta, aquela protagonizada por Wilson Fisk. Claro, não temos violência em somente um episódio, ela está presente nos treze episódios que compreende a primeira temporada. Assim como GoT, talvez seja melhor tirar as crianças da sala quando for assistir. Há MUITO (em maiúsculo mesmo) sangue, sem contar o feeling todo, onde sentimos cada soco dado, cada ferida, não importando o lado.
Com um personagem cego, que possui a destreza de Matt, fica difícil não se entusiasmar com o seriado; E foi legal saber que tem todo um motivo para ele ser tão fodão do jeito que é. Aliás, as cenas de lutas foram muito bem coreografadas e destaco o final episódio 2 "Fio da Navalha" aqui, porque aquela sequência...
Não vi outro lugar comentando (a não ser este site, item 16) sobre a trilha sonora. Sim, quando você assisti um seriado utilizando fones de ouvidos, ela se sobressai. Tanto o tema de abertura "Into the Ring", quanto as de background conseguem se encaixar perfeitamente no contexto de Demolidor. Diferente das músicas de Evanescence utiliza a esmo no filme do Ben Affleck.
Uma coisa que aparece bastante na série (e nas HQ's originais pelo que soube) são as referências religiosas. Uma vez que Matt é católico e costuma se confessar com o padre antes de uma noite de serviço, servindo bastante como guia para suas ações. O mais curioso é que o padre sabe que as decisões de Matt são necessárias, porém nem sempre serão 100% virtuosas. Tudo claro, acontece em conversas, que são bastante casuais com o singelo da confissão.
Demolidor traz, além de muita ação e pancadaria um tema bastante atual. Corrupção policial, envolvimento de políticos com o crime organizados são alguns dos temas tratados no decorroer dos 13 episódios. Por mais que a história se concentre em um único lugar: Hell's Kicthens (a Cozinha do Inferno), poderia muito bem ser o meu bairro ou o no seu.
A produção de Demolidor está de parabéns. Se as outras séries que a Marvel anunciou seguirem o mesmo caminho, teremos mais coisas legais para assistir. A primeira temporada, com seus 13 episódios pode muito bem ser considerado um filme de 13 horas. E graças ao sucesso já foi anunciado uma segunda temporada. O que é ótimo, pois, apesar de super caprichado, foram deixados algumas coisas em aberto. E também porque queremos ver o Demolidor mais vezes no seu novo uniforme vermelho.
Enfim, Demolidor é uma série única com um tremendo acerto em diversas questões, inclusive no roteiro, que serve tanto para quem já conhecia a história do demônio de Hell's Kicthen quanto para quem teve seu primeiro contato. Talvez o grande acerto do Universo Marvel Cinematográfico. A série está disponível em sua totalidade através do Netflix desde o dia 10 de abril.
Escrito por alguém que ligou o Hell's Kichten de Demolidor ao reality show apresentado pelo chef Gordon Romsay no H&H
Olá~
ResponderExcluirMigs, estou adiando assistir essa série. Você falou muito bem dela, mas também vi muita gente que assiste bastante série e gosta das mesmas que eu falando super mal, principalmente do vilão e dos personagens em geral. Disseram que apesar da história ser decente, eles não cativam ou se tornam interessantes, idk.
Então meus amigos estão bem divididos. Uns amaram, outros odiaram. I CAN'T.
No entanto, por estar no Netflix, será a próximo coisa que irei assistir depois de me atualizar em Orphan Black.
Preparando meus fones porque quero ouvir essa trilha sonora suihsdiufdhuisfhd
Abraços~♥
♥~Nankin Dust
Ah, eu não assisti essa série não. Estou assistindo Arrow - e memso não sendo dominadora do assunto comics tem algumas coisas na história que me incomodaram.
ResponderExcluirComo o tempo é escasso , acabo assistindo quase nada de séries e Demolidor não me chamou a atenção. Ainda queria uma série das Sereias de Gotham, seria mara x3
Talvez Hemlock Grove (aquela de Lobisomen) seja mais violenta e sanguinolenta. Ainda não consegui passar da metade do 1º ep, faltou algo pra mim como fã do personagem, Acho curioso a Marvel utilizando seus heróis urbanos em séries, deixando a telona pra os mais mirabolantes.
ResponderExcluirMinha curiosidade é o Rei do Crime, pois o ator que o interpreta é bacana e eu gosto dos personagem nas HQs. Espero que continue resenhando séries e aproveito para parabenizar novamente pela variedade de tópicos, muito bacana.
Eu pretendo assistir a Demolidor em breve, principalmente porque ele é um dos personagens do universo dos HQs que mais me chamam a atenção.
ResponderExcluirFico feliz em saber que os personagens foram aprofundados, que as lutas são excelentes e, melhor ainda, trata de temas contemporâneos, como a corrupção.
Dica mais do que anotada.
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