terça-feira, 28 de abril de 2015

Pegue a sua pipoca # Cinderella 2015

Em pleno século XXI e ela ainda perde o sapatinho de cristal



É a Disney na era dos live actions

Cinderella não é baseado no conto dos irmãos Grimm. A Disney não baseou o filme original (a animação de 1950) em "Aschenputell" dos irmãos Grimm (século XIX), mas sim em "Cendrillon", que foi escrito por Charles Perraut em 1697. É nessa versão que está incluso a fada madrinha e a abóbora, excluindo alguns dos elementos mais sinistros dos contos de fadas.

E a Disney resolveu apostar de vez nos live action. Depois da boa receptividade de Malévola, o estúdio que anda "controlando" o cinema traz para a realidade uma princesa bastante querida, sem deixar de lado a magia Disney.


Sem outras versões da história, tais como a mocinha dar uma de Joanna D'Ark ou a outra faceta de uma das maiores vilã dos contos de fadas, Cinderella consegue chamar a atenção para si sendo justamente aquilo que é: uma história de uma camponesa que "ganha" uma noite especial de sua fada madrinha e apaixona-se por um príncipe.

Não lembro se a animação fala, mas o filme traz a origem do nome "Cinderella". O nome original da jovem que usa e perde o sapatinho de cristal é Ella. Por dormir próximo ao fogão (com o intuito de se esquentar), Ella ficou cheia de cinzas, e suas meias-irmãs resolveram que seria legal dar-lhe um apelido: cinder (que em inglês significa cinzas) + a adição de seu nome Ella. Logo, Cinder + Ella = Cinderella. Ou seja, o nome correto é com dois "l". E é citado que nomes tem poderes, por isso que ele pega, igual quando colocamos aquele apelido naquele amigo querido.


Muita coisa do original está presente aqui, inclusive toda a magia Disney. Sabe os ratinhos que Cinderella tem amizade e que lhe ajudam a costurar o vestido? No filme, eles dão a impressão que realmente falam (e que ela realmente entende), com aquela voz esganiçada a la Alvin e os Esquilos, dando um pouquinho de fantasia para um filme com pés bastante firmes no chão.

De todas as adaptações já feitas até agora, Cinderella é a mais fiel. Temos o desenvolvimento da personagem principal (Ella), suas origens e introdução. Temos a chegada da madrasta e a a morte do pai e a sua consequente transformação em criada. Temos a coisa do amor a primeira vista, e a ingenuidade de Ella em desconhecer o príncipe (que se apresenta para ela somente como aprendiz no palácio). O convite para o baile, e a aparição da fada madrinha (uma velinha que é ajudada por Ella e interpretada por Helena Boham Carter). A magia da coisa toda. A transformação da abóbora em carruagem, os animais em criadagem, a transformação do simples vestido em algo extremamente elegante e por último, o sapatinho de cristal, e claro, o "viveram felizes para sempre".


Claro, o baile se torna a peça fundamental do filme, onde muitas pessoas (inclusive eu) suspiraram de inveja pelo lindo e magnífico vestido que Ella usa, porque convenhamos, dançar com aquele vestido e com aquele príncipe não é para qualquer um. Claro, ainda temos o desenvolvimento da madrasta (Cate Blanchett) e o que leva a tal a ser a megera que é, que aliás, são motivos mais do que convincentes (ela só queria um final feliz poxa) e a conclusão do filme, ou a procura pela mulher que tem os pés que caibam no sapatinho de cristal perdido, a única coisa que não se foi a meia noite junto com o feitiço.

Aliás, o que levanta a coisa para uma observação. Por ser a única coisa criada do nada (tecnicamente, embora eu me recorde dela usando sapatilhas gastas), os sapatinhos não se desfazem junto com o feitiço (que possui prazo de validade). A fada madrinha fez a parte dela, e a Ella, digo, Cinderella fez a sua.


É realmente uma pena que o filme não tenha sido musical, pois acredito que a magia teria sido maior. A trilha sonora quase não se destacou, a não ser pela música que começa a tocar nos créditos... mas até aí, ninguém vai ouvir. Não é Marvel para ter cenas pós-créditos e obrigar as pessoas a assistirem depois... E sim, não é fácil achá-la na internet.

Enfim, com Malévola e agora Cinderella creio que a Disney tem sinal verde para fazer mais live actions.. e que venha Mulan. \o/

Escrito por alguém que gostou de ver o Rei do Norte (GoT) como príncipe

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Um comentário:

  1. Devo dizer que suspirei aliviada que a cena do vestido rosa sendo rasgado foi curta. É a cena mais tensa e triste eeeever na animação (ao menos é a opinião minha e da minha amiga).
    E acho engraçado que hoje em dia as crianças não sabem quem é a gata borralheira - não sei como algo aconteceu nos anos 90 e fez esse nome ser esquecido, visto que a animação já existia ha um booom tempo. Melhor invetsimento em marketing da Disney? Não sei õ-o~

    beijos :3

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